A primeira volta do campeonato fecha com uma sempre difícil deslocação ao Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, onde o FC Porto defronta o Vitória SC em jogo da 17.ª jornada (sábado, 20h30, Sport TV). Na projeção do encontro, que acaba por ser “uma saída historicamente difícil”, Sérgio Conceição apelou ao “espírito competitivo” dos Dragões e realçou a importância de um desfecho positivo: “Queremos muito ganhar pois estamos atrás de duas equipas e queremos acabar o campeonato no primeiro lugar”.

À entrada para esta ronda, o FC Porto é terceiro classificado, com 36 pontos, menos cinco do que o líder Benfica, enquanto o Vitória de Guimarães segue na sexta posição, com 24.

“Espero um jogo difícil, pois nos jogos fora temos tido mais dificuldades do que nos jogos em casa. A isso acrescenta-se um Vitória SC que, não estando numa boa fase de resultados, é bem treinado e tem princípios de jogo interessantes. É uma saída historicamente difícil, começou por dizer Sérgio Conceição, que também aludiu à ausência do avançado brasileiro Anderson na equipa vitoriana: “Não jogando o Anderson, jogará outro com toda a certeza, pois há várias opções de qualidade no ataque do Vitória SC. Temos de olhar para a dinâmica da equipa e perceber o que temos de fazer para ganhar o jogo”. Por isso mesmo, acredita Sérgio Conceição, este duelo será de exigência máxima e exige a melhor versão dos campeões nacionais.

“Estamos habituados aos jogos com pressão e às dificuldades que temos de ultrapassar. Defendemos as cores de um clube em que a pressão existe sempre. Se não existir, eu faço o favor de a criar. Não podemos olhar para o jogo de amanhã sem pensar em ganhá-lo. Queremos muito ganhar pois estamos atrás de duas equipas e queremos acabar o campeonato no primeiro lugar. Ainda hoje no treino falei dos pontos que já perdemos e nos próximos quatro jogos, três são fora. Se queremos um espírito competitivo aqui dentro, temos de encarar os jogos fora como em casa. Fora tem havido alguma ineficácia a nível ofensivo, mas em casa temos sido mais eficazes. Tirando o jogo com o Santa Clara, nos Açores, tivemos sempre um espírito competitivo. É uma conversa que temos tido internamente”, prosseguiu o técnico azul e branco.

Bem fresco na memória está o nulo com o Casa Pia, no Jamor, onde o FC Porto fez por merecer melhor sorte: “O jogo com o Casa Pia não tem de servir de exemplo, tem de servir, isso sim, para a equipa evoluir e aprender com o que faz e não fez bem. Temos trabalhado em cima disso, enquanto equipa e individualmente. A semana de trabalho foi boa, como foram as outras, mas depois queremos passar para o jogo aquilo que trabalhamos no treino. Com o Casa Pia merecíamos claramente ter ganho. Se tivermos essa atitude e esse brilho no olhar, as coisas acabam por correr bem com maior ou menos dificuldades. São três pontos decisivos para nós. As pessoas do FC Porto estão habituadas a que haja trabalho, dedicação e ambição, no fundo aquilo que temos tido. É preciso muitíssimo trabalho para ganhar o campeonato”, finalizou.