Museu da Diáspora só avança com fundos comunitários. Câmara de Matosinhos já investiu 1,4 milhões

Museu da Diáspora só avança com fundos comunitários. Câmara de Matosinhos já investiu 1,4 milhões
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Porto Canal

Câmara de Matosinhos já investiu 1,4 milhões de euros desde 2015 para o Museu da Diáspora. Já existe espaço, o projeto já está desenhado por Souto Moura, mas a ideia ainda não saiu do papel. Autarquia diz que Museu só avança se houver fundos comunitários, numa obra que deverá rondar os “6/7 milhões de euros”.

Criar um espaço dedicado à língua portuguesa e às comunidades lusófonas é a ideia da Câmara de Matosinhos ao pensar no Museu da Diáspora – Cais da Língua e das Migrações. Uma ideia que surgiu já em 2015, mas que ainda não saiu do papel, como noticiou o Público.

Em declarações ao Porto Canal, o vereador da Cultura diz que, atualmente, “a obra custaria na casa dos 6/7 milhões de euros”, apesar de ser “muito imprevisível”. Fernando Rocha destaca que “na altura era mais 6, agora pode ser mais 7”. Quanto a custos operacionais, o vereador refere que serão necessários “300/400 mil euros por ano”.

O edifício, a antiga fábrica de conservas da Vasco da Gama, foi avaliado em 1,055 milhões de euros e adquirido pela câmara de Matosinhos em 2016 através de permuta de terrenos da autarquia. Fernando Rocha realça que “o edifício, na zona em que está, vale muitíssimo dinheiro, vale uns milhões de euros seguramente. Portanto não há aqui uma perda de investimento, embora, o objetivo da câmara não é especulação com o imóvel que adquiriu em 2016”. Fernando Rocha destaca que o edifício “vale seguramente muito mais do dobro deste valor”.

Depois de a Câmara Municipal, liderada na altura por Guilherme Pinto, ter pensado nesta hipótese, a criação deste Museu entrou em agenda de prioridades em 2016. Ano em que a autarquia comprou a antiga conserveira Vasco da Gama para servir de casa a este museu. Depois disso foi feito um estudo para a unidade e o projeto chegou mesmo a ser executado com a intenção de inaugurar este espaço em 2017.

“Fizemos um projeto de arquitetura, as especialidades e um projeto de museologia. […] Este valor não está perdido, porque o projeto de museologia é válido hoje, como amanhã será válido, e o projeto de arquitetura também, portanto nenhuma verba até agora foi desperdiçada”, afirma o vereador da Cultura.

Tudo isto custou cerca de 1,4 milhões de euros. Dinheiro investido pela autarquia de Matosinhos há seis anos e que ainda não viu obra a nascer.

A justificação da Câmara é que a obra não avança se não contar com a ajuda dos fundos comunitários. “Estamos a fazer o processo e fizemos porque sabemos que em termos de fundos comunitários, […] toda a gente sabe que a maturidade dos processos é muito importante para serem elegíveis”, refere o vereador.

O que será o museu
O ‘Cais da Língua e das Migrações’ quer ser um museu que mostre a emigração portuguesa para o mundo. Viajando a um tempo em que a aviação não era solução para os portugueses que procuravam melhores condições de vida. Nesse sentido, as viagens eram feitas por mar. O porto de Leixões era um dos pontos de saída do país, a par do porto de Lisboa.

“Na emigração desde Matosinhos para o mundo e com uma componente muito importante na língua. Aliás, o museu sofreu uma evolução e não se chamaria da diáspora, mas ‘Cais da Língua e das Migrações’, porque daqui para a diáspora saiu muita gente em muitas alturas, em muitas épocas históricas e temos que ter consciência que a emigração habitualmente era à procura daquilo que o país não dava às pessoas”, destaca Fernando Rocha.

Quando já estiver aberto, o vereador diz que o objetivo é “ir aos locais para onde essas pessoas emigraram e ver a presença que elas tiveram, a influência que elas tiveram na língua”.

 

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