Quer decidir o local do novo aeroporto? A opinião pública vai ser chamada à discussão
Porto Canal
A coordenadora da comissão técnica independente para o novo aeroporto de Lisboa, Rosário Partidário, diz que vai acolher outras soluções, além das cinco apresentadas pelo Governo.
No final dos trabalhos da comissão independente, e depois de aplicados os critérios de viabilidade técnica, a lista de possíveis locais para o novo aeroporto poderá ser ainda mais curta do que a apresentada até agora: Aeroporto Humberto Delgado (principal) e aeroporto do Montijo (complementar); aeroporto do Montijo (principal) e Aeroporto Humberto Delgado (complementar); a construção de um novo aeroporto internacional no Campo de Tiro de Alcochete (CTA); Aeroporto Humberto Delgado (principal) e um aeroporto localizado em Santarém (complementar); a construção de um novo aeroporto internacional localizado em Santarém.
Em entrevista ao jornal Público, Rosário Partidário adianta que está a ser desenvolvido um site que vai incluir um mapa interativo “onde as pessoas vão pôr lá o aviãozinho”, no local que considerarem mais pertinente para a construção da nova estrutura. Todo este processo vai ser sujeito a critérios de viabilidade técnico-científica e garante a coordenadora que serão pelo menos 20 critérios.
Além deste processo de interação com a sociedade civil, a plataforma vai servir igualmente para divulgação de informação sobre todo o processo, “porque é importante parar com toda a agressividade” e, por isso, a nova plataforma vai ser aberta a todos, com vários momentos de interação, explica.
Nova tutela, mesmo caminho?
Depois da triagem a todas as propostas, a coordenadora exclui a hipótese de passarem a existir ainda mais opções do que as cinco apresentadas pelo Governo. Aliás, considera até que terão menos soluções para debater e que, de acordo com o anterior ministro das Infraestruturas - Pedro Nuno Santos – e com o anterior secretário de Estado, essa era uma possibilidade em cima da mesa.
À publicação, Rosário Partidário, admite esperar que o novo ministro siga a mesma linha de conversações que têm acontecido, até agora.
Neste sentido, se alguma das cinco opções apresentadas não cumprir os critérios de viabilidade técnica, a coordenadora é taxativa a dizer que pode ser excluída.
Até meados de fevereiro, pretendem reunir com cerca de 30 entidades, no sentido de recolher perspetivas e preocupações, entre as quais ANA, TAP, Agência Portuguesa do Ambiente e Autoridade Nacional de Aviação Civil, entre outras.
A comissão técnica independente para o novo aeroporto de Lisboa pretende ter esta fase de trabalho concluída no final de março, início de abril, altura em que serão igualmente apresentados os resultados inerentes.