Autocarros com professores foram revistados, acusam sindicatos. Autoridades negam operações direcionadas

Autocarros com professores foram revistados, acusam sindicatos. Autoridades negam operações direcionadas
| País
Porto Canal

O sindicato STOP diz que “mais de 100 autocarros com professores” que se dirigiam para a manifestação deste sábado em Lisboa foram “revistados” pelas autoridades, mas GNR e PSP negam fiscalizações específicas visando a deslocação de docentes.

Durante a marcha do protesto que decorre esta tarde no centro da capital, o coordenador nacional do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), André Pestana, declarou, enquanto falava com um megafone, que a revista dos autocarros tem impedido muitas pessoas de participar no protesto.

André Pestana apelou para que os professores a bordo dessas viaturas identifiquem os agentes que estão a realizar as operações e tirem fotografias.

A intervenção foi feita já depois de terem surgido nas redes sociais publicações que davam conta destas operações direcionadas e que motivaram desmentidos das forças de segurança.

Em comunicado, a GNR refere que “executou durante toda a manhã a sua atividade diária no âmbito da fiscalização rodoviária e poderão ter sido aleatoriamente fiscalizados veículos pesados de passageiros, tais como vários outros veículos”.

A Guarda Nacional Republicana salienta, contudo, que “não correspondem à verdade as alegações de que estas operações visam as deslocações de professores e que é pretensão dificultar este movimento, atendendo a que as fiscalizações são completamente aleatórias”.

Também a PSP, numa nota enviada à Lusa, desmentiu ter “fiscalizado os veículos em que os manifestantes se fizeram transportar”.

Mais de 20 mil professores estão hoje, segundo a polícia, a manifestar-se em Lisboa, em defesa da escola pública e contra as propostas de alteração aos concursos, numa marcha convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP). Este organismo diz que no protesto participam 100 mil pessoas.

Esta é a segunda manifestação de professores na capital no período de um mês, depois de uma realizada em 17 de dezembro, que juntou mais de 20 mil docentes, segundo as estimativas do sindicato.

A marcha realiza-se num momento de grande contestação estes profissionais, que estão em greve desde 09 de dezembro, numa paralisação convocada pelo STOP que se deverá prolongar, pelo menos, até ao final de janeiro e foi alargada aos trabalhadores não docentes.

Além de reivindicações antigas relacionadas com a carreira docente, condições de trabalho e salariais, os protestos foram motivados por algumas das propostas do Governo para a revisão do modelo de recrutamento e colocação de professores, que está a ser negociada com os sindicatos desde setembro.

Em particular, contestam a possibilidade de incluir outros critérios de seleção, além da graduação profissional, ou de os professores passarem a ser contratados por entidades locais ou pelos próprios diretores. O Ministério da Educação já desmentiu, no entanto, essa informação.

+ notícias: País

Terminal de Leixões e Casa da Música no tamanho do Portugal dos Pequenitos

O Portugal dos Pequenitos, em Coimbra, vai ser ampliado com a construção de novas réplicas de edifícios emblemáticos da arquitetura contemporânea portuguesa. Entre eles o Terminal de Cruzeiros de Leixões e a Casa da Música. O projeto, apresentado esta terça-feira pela Fundação Bissaya Barreto (FBB), inclui a criação de miniaturas de algumas das obras mais icónicas da arquitetura moderna, com o objetivo de aproximar o público infantil ao universo da arquitetura de forma educativa e lúdica.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.