Reservas de sangue em níveis baixos. “Instituto Português do Sangue não tem feito o acompanhamento que devia"
Porto Canal
As reservas de sangue estão em níveis muito baixos, segundo a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue. Ao Porto Canal, Alberto Mora, da Federação, acusa o Instituto Português do Sangue de não dar o acompanhamento que devia às Associações de dadores.
A situação é preocupante, uma vez que, todos os dias, são necessários cerca de mil a mil e cem unidades de sangue e não há dadores suficientes para chegar a esses números.
De acordo com a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue, “os meses de janeiro e fevereiro são complicados devido às gripes e infeções respiratórias”, assim como os meses de verão que também registam sempre menos dadores. Por isso, Alberto Mora diz que “a dádiva de sangue em Portugal é muito sazonal”.
Para já, os tipos de sangue que apresentam reservas mais baixas são o A negativo, O negativo, B negativo e B positivo, mas “todos os tipos de sangue são necessários”, reforça a Federação.
Segundo Alberto Mora, “este (a falta de reservas de sangue) é um problema de fundo que é necessário resolver, porque se não, daqui a 40 anos vamos estar a tratar ainda o mesmo problema”. Para isso, ressalva, “é necessário que o Instituto Português do Sangue dê mais apoio e acompanhamento às associações de dadores”.