O ano de 2022 poderá ter sido um dos mais marcantes para a carreira do internacional português, não pelos feitos desportivos, conforme vinha habituando os adeptos do desporto rei, mas pelas polémicas em que se viu envolvido. Esta segunda-feira, o jornal "A Marca" divulgou novas informações daquele que é um dos contratos mais mediáticos da história do futebol.

A transferência do atleta detentor de cinco bolas de Ouro para o Al Nassr surpreendeu muitos dos fervorosos apoiantes da modalidade, principalmente depois do próprio ter negado tal mudança para a Arábia Saudita, durante a campanha portuguesa no Mundial do Qatar.

Desde então muito se falou e especulou sobre o contrato milionário do novo número 7 do clube de Riad. Do salário milionário ao poder praticamente ilimitado sobre o clube, que lhe permitiriá, aparentemente, dispensar o próprio treinador, uma das particularidades mais surpreendentes do documento foi esta segunda-feira revelada pelo jornal "A Marca".

Segundo o diário desportivo espanhol, o contrato de CR7 prevê a possibilidade do atleta deixar o clube árabe ao fim de seis meses, caso o Newcastle solicite os seus serviços. Tal “jogada” é apenas possível pelo facto de ambos os clubes, Newcastle e Al Nassr, serem detidos pelo mesmo fundo de investimento. Com meia época decorrida, a equipa inglesa ocupa neste momento o 3.º lugar do campeonato, o que lhe permitiria o acesso à Liga dos Campeões, uma ambição há muito assumida pelo madeirense, que tenciona continuar a jogar ao mais alto nível.

Recorde-se que Cristiano Ronaldo regressou ao Manchester United, equipa que o catapultou para o estrelato do futebol mundial, em Agosto de 2021, 12 anos depois da sua saída para o Real Madrid, naquela que foi, à época, a mais cara contratação da história.

O regresso à equipa onde foi durante muitos anos amado e venerado não terá, no entanto, corrido conforme o internacional português imaginaria. Uma modesta campanha do grupo na Liga Inglesa relegou os “red devils” para a 6.ª posição da Liga Inglesa, deitando assim por terra o sonho de Ronaldo de marcar presença, na época seguinte, na Liga dos Campeões.

Cristiano confessou publicamente o seu descontentamento pelo fraco desempenho desportivo do United, desagradando-lhe a ideia de falhar a liga milionária, competição que já venceu por cinco vezes (2008, 2014, 2016, 2017 e 2018) e na qual marcou uns impressionantes e para já imbatíveis 140 golos em 183 jogos.

A falha de comparência na pré-época de 2022/23, tendo regressado aos treinos apenas um mês depois dos restantes colegas, levou a que a possibilidade de rescisão de contrato fosse colocada em cima da mesa.

Fracas exibições, comportamentos no banco de suplentes (e fora dele) que não foram compreendidos pelos adeptos, aliados ao desentendimentos com o treinador e colegas de equipa levaram àquela que muitos nomearam de “fatídica entrevista” com Piers Morgan, que colocou um ponto final na relação de Cristiano com a família United.