Voto de pesar pela morte da radialista Sofia Saldanha. Câmara de Braga aprova por unanimidade

Voto de pesar pela morte da radialista Sofia Saldanha. Câmara de Braga aprova por unanimidade
Hugo Delgado/RUM
| Norte
Porto Canal / Agências

A Câmara de Braga aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, um voto de pesar pela morte da realizadora e radialista Sofia Saldanha, que foi durante muitos anos “a principal voz” da informação da Rádio Universitária do Minho e do Theatro Circo.

O voto de pesar foi proposto pelo vereador socialista Adolfo Macedo e subscrito por toda a vereação.

O presidente da câmara, Ricardo Rio, destacou o “trabalho notável” desenvolvido por Sofia Saldanha, incluindo a sua participação “ativa” na candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura em 2027.

Natural de Braga, Sofia Saldanha morreu no domingo, aos 47 anos, vítima de doença prolongada.

O início da sua carreira na rádio deu-se em 1992, altura em que era aluna do ensino secundário.

Destacou-se, ao longo de 15 anos, como uma das vozes da Rádio Universitária do Minho.

Concluiu um Mestrado em Rádio do Goldsmiths College, University of London, no Reino Unido, e trabalhou a experiência de documentarista no Salt Institute for Documentary Studies, nos Estados Unidos da América.

Era radialista na Antena 2, estação que a descreve como “uma criadora sonora e uma artista sonora”.

“Pioneira e inovadora, os seus documentários áudio são uma referência radiofónica em Portugal, cruzando a poética, o documental e a ficção. Sofia Saldanha captava os sons do mundo, das gentes e moldava-os. Depois devolvia-nos em sensíveis e astutos documentários, onde víamos e ouvíamos, no escuro e à escuta, as vozes e os passos de poetas como Fernando Pessoa ou Miguel Torga, o espaço sonoro de uma trovoada, ou colhia como pedrinhas nos caminhos, textos, vozes e sons por vários autores, embrulhando pequenas peças de teatro para serem ouvidos na rádio”, lê-se na página daquela rádio.

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