Greve da CP. Estação de Campanhã regista fortes constrangimentos
Porto Canal
Os trabalhadores da CP (Comboios de Portugal) e da Infraestruturas de Portugal (IP) cumprem esta sexta-feira o primeiro de dois dias de greve.Na Estação de Campanhã, no Porto, vários comboios têm sido suprimidos ao longo da manhã, sendo que aqueles que estão em funcionamento chegam com atrasos. Neste momento, está a ser garantida 25% da operação.
Em declarações ao Porto Canal, Américo Rodrigues, do Sindicato dos Transportes Ferroviários, contou que a adesão está na “ordem dos 25%”. O número poderia ser mais alto, mas o sindicalista explicou que algumas empresas estão a cumprir serviços mínimos para não conseguirem aderir à greve.
Américo Rodrigues acrescentou que esta “greve vai ter grande impacto a nível de circulação ferroviária, principalmente, nas vésperas da quadra natalícia”.
Os trabalhadores reclamam uma “compensação” para enfrentar a perda do poder de compra provocado pela elevada inflação que se tem verificado ao longo dos últimos meses. Além disso, exigem que o “prémio do subsídio de alimentação seja aumentado” e o fim da “discriminação entre trabalhadores”.
Já em conversa com alguns passageiros, foi possível perceber que muitos deles optaram por outros meios, nomeadamente o autocarro, e estão solidários com os trabalhadores da CP. Apesar de provocar grandes constrangimentos para as famílias, principalmente nesta época festiva, os passageiros afirmaram que tem de existir “respeito por quem está a lutar por melhores salários”.
Segundo a informação divulgada por fonte da CP, a greve das infraestruturas provocou a supressão de 136 comboios, tendo circulado apenas 109 até às 8h da manhã desta sexta-feira.
A paralisação terá uma duração de 24h e uma nova data prevista para o dia 26 de dezembro, próxima segunda-feira.