Seis anos depois, turboélices ATR deixam a TAP e regressam à Azul
Porto Canal
Nove aviões turboélice chegaram à TAP maioritariamente provenientes da Azul, pela mão do empresário David Neeleman, entre Março e Junho de 2016. Agora, findo o contrato entre a TAP e a White, a companhia aérea de Lisboa irá reduzir a operação com aviões deste tipo. Aviões da White começam a regressar ao Brasil.
Com o aproximar do fim do contrato de leasing ACMI (Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance) que vigorava entre a TAP e a White, os nove ATR operados pela subsidiária e que voavam sob a chancela TAP Express saíram da frota da companhia de Lisboa. A 20 de outubro, a TAP disse em comunicado que lançou um pedido de proposta a vários operadores para um contrato de prestação de serviços para dois aviões ATR, em substituição da White Airways. “A TAP lançou um pedido de proposta a vários operadores de ATR, a fim de otimizar a frota a operar ao seu serviço, aumentar a fiabilidade e reduzir os custos”, disse a companhia, na nota.
A companhia fez saber, ainda, que “das cinco propostas recebidas, a melhor oferta para operar dois ATR está a ser negociada e vai proporcionar a necessária regularidade operacional e evitar o impacto financeiro negativo que a TAP tem sofrido até agora devido à falta de fiabilidade da White”.
Os aviões ATR tinham chegado à TAP entre Março e Junho de 2016 pela mão do empresário David Neeleman, que à data controlava a empresa. O contrato de leasing foi assinado pela TAP com a Nordic Aviation Capital (NAC) e substituía um contrato idêntico da Azul, aliviando assim o encargo da brasileira, também controlada por Neeleman. Com o fim do acordo entre a TAP e a White, alguns dos ATR já têm regresso previsto para a Azul e pelo menos dois já foram novamente matriculados (CS-DJC, agora PR-AQW e CS-DJA, agora PR-AKG).
Estes aparelhos, usados em ligações como a ponte aérea Porto-Lisboa, eram motivo da insatisfação por parte dos utilizadores da companhia e estavam na origem de atrasos. O embarque em pista (sem acesso a manga), a baixa velocidade e o ruído eram os principais defeitos apontados pelos passageiros.