Progressão nas carreiras e melhores salários. O que pede a função pública em dia de greve?

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Porto Canal

A uma semana da votação final do Orçamento do Estado para 2023, o país volta a parar em mais um dia de greve da função pública. A paralisação terá efeitos sobretudo nas áreas da saúde e da educação, mas também nos serviços de higiene urbana das autarquias, no atendimento ao público da Segurança Social e nas repartições de finanças. Mas afinal, o que pedem os funcionários públicos ao Governo?

Ao Porto Canal, Orlando Gonçalves, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, garante que no Orçamento do Estado para o próximo ano faltam melhorias nos salários. “O aumento, na maioria dos casos é de 52 euros e penso que todos os portugueses conseguem perceber que esse valor não cobre se quer a inflação para 2022”, afirma o dirigente sindical. Sobre o timing para a marcação da greve, o sindicato explica que o dia escolhido serve para dar tempo ao Governo “para ouvir os trabalhadores”.

Governo “trocou tudo” na última reunião

“O governo vem dar um impulso salarial de mais um nível remuneratório aos trabalhadores, mas dá apenas a alguns e não a todos”, lamenta Orlando Gonçalves. Além disso, segundo o dirigente sindical, “na última reunião, o governo trocou tudo e acabou com a expectativa que tinha sido criada aos trabalhadores com mais de 35 anos, que pensavam que iriam ter um impulso salarial de cerca de 100 euros.

O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte critica ainda o facto dos assistentes operacionais não receberem qualquer impulso remuneratório.

Enfermeiros pedem progressão na carreira

No caso concreto dos enfermeiros, as principais reivindicações são a contagem dos pontos para a progressão na carreira e o pagamento dos retroativos. Neste setor a paralisação é ainda mais expressiva. A greve iniciou-se logo na quinta-feira e só termina no dia 23 de novembro. Os sindicatos esperam que a adesão ultrapasse os 60%.

Que outros setores são afetados?

Além da paralisação na saúde, que poderá levar ao adiamento de consultas e cirurgias não urgentes, também as várias escolas, um pouco por todo o país, estarão encerradas ou a funcionar com perturbações.

Os efeitos da greve também se fazem sentir no setor dos transportes. Segundo a Infraestruturas de Portugal estão previstas “penalizações ou supressões de comboios” e no Metro Sul do Tejo (na região de Lisboa).

Também os serviços de recolha de lixo e higiene urbana das autarquias estarão condicionados. Além disso, a Segurança Social, Centros de Emprego, repartições de Finanças e Lojas do Cidadão não funcionarão de forma normal.

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