No passado mês de setembro, o Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, anunciou o fecho das ruas do centro histórico de Guimarães já no final de 2023. A notícia foi encarada como uma "sentença de morte" por parte de alguns comerciantes. 

Na passada sexta-feira, dia 4 de Novembro, a Associação de Comércio Tradicional de Guimarães (ACTG) entregou o abaixo-assinado dos comerciantes ao Município. Este foi realizado nas ruas que são diretamente afetadas pelo corte de trânsito, ou seja, Alameda de S. Dâmaso, Toural, Rua de Santo António, Rua da Rainha, Rua Egas Moniz, Largo Condessa do Juncal, Rua Gil Vicente e Rua Paio Galvão.

No documento disponibilizado ao Porto Canal, é explicitado que "99% dos comerciantes são contra o corte de trânsito que a Câmara pretende levar a efeito". No abaixo-assinado foram recolhidas 179 assinaturas de comerciantes contra o corte, oito a favor e dois sem opinião. 

A Associação de Comércio Tradicional de Guimarães recordou que "nas cidades onde foi cortado o trânsito nos Centros Históricos sem que primeiro tivessem sido criados estacionamentos de proximidade, serviços e lojas âncora, o comércio tradicional acabou por encerrar".

Desse modo, a associação manifestou ainda o seu descontentamento com o facto de nos fins de semana do próximo mês de dezembro estar previsto o corte de trânsito sem "que tenha sido comunicado quais as medidas que a autarquia vai tomar para mitigar o impacto deste corte".

Com o aproximar de uma das épocas mais significativas do comércio, a associação pediu à autarquia que sejam cautelosos na tomada de alguma medida para que não coloque em causa a "sobrevivência do pequeno comércio de rua" ao longo das festividades natalícias. 

"Sempre consideramos que o Sr. Presidente estava ao lado do comércio, infelizmente, temos constatado que nestes últimos meses o Município virou as costas a este sector", acabou por referir a associação.