Sérgio Conceição: "Temos mais esta batalha. Para nós são todas decisivas, todas são finais"
Porto Canal
O treinador dos 'azuis e brancos' falou esta sexta-feira na conferência de antevisão da 11.ª jornada.
O FC Porto viaja até aos Açores para defrontar o Santa Clara (sábado, 15h30, Sport TV). Na antevisão ao encontro, Sérgio Conceição começou por alertar que “o Santa Clara compreende uma deslocação tradicionalmente difícil, é verdade que não tem feito um campeonato de acordo com o a qualidade da equipa a nível individual, tem jogadores muito interessantes. Cabe-nos fazer um jogo competente e ter o mesmo espírito que tivemos no último jogo. Se estivermos dessa forma, formos competitivos dessa forma, as coisas podem ficar mais fáceis de alcançar. A vitória é importante na nossa caminhada, que é longa, e no último jogo não conseguimos os três pontos e aumentámos o fosso para o primeiro lugar, que queremos encurtar para termos na nossa cabeça os nossos objetivos no campeonato, que passam por ganhar. Há perigo nesta batalha, todas para nós são finais, temos um rival próximo de nós e não podemos facilitar, temos de conquistar os três pontos amanhã”.
Questionado sobre o festejo no avião após a equipa ter carimbado o acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões, o treinador garantiu que “teve que ver com o objetivo traçado no início da época, a passagem aos oitavos da Liga dos Campeões. Para nós, há um objetivo interno, que tem que ver com o sucesso no campeonato e nas taças, e a passagem aos oitavos da Champions. O grupo está consciente de que ganhámos em Leverkusen e não fizemos festa. A Champions não acabou, temos um jogo terça, mas temos de pensar no campeonato e a pressão e a obrigatoriedade de ganhar e de dignificar a história do clube está sempre presente, independentemente de estarmos apurados. Agora é o Santa Clara, depois vamos pensar no Atlético de Madrid”.
O técnico portista reconheceu o mérito a Diogo Costa, mas disse ficar desconfiando nestes momentos de euforia: “Eu adoro pessoas simples, de jogar de forma simples. Ser simples e simplista é ser nobre. Dizer que o Diogo está lá para isso faz parte porque está. O Diogo faz o seu trabalho e fá-lo bem, não mais que isso. Fico sempre desconfiado destes momentos e destes elogios. Nós, estrutura e clube, temos de ter alguma calma porque num momento estamos no poleiro e noutro cá por baixo. Quando caímos do poleiro, o tombo pode ser grande e não quero isso. Também tive a forma de falar simplista sobre o erro de outro jogador”.
Em relação à lesão de Pepe, afirmou: “Não sou o selecionador e não faço parte da Federação. O Pepe está a recuperar para dar o seu contributo à equipa o mais rápido possível. É uma lesão chata, como vos disse, e eu também a tive enquanto jogador. Diariamente vamos avaliando e percebendo a evolução. Não sei até que ponto nas próximas semanas possa estar disponível, acho difícil. O departamento clínico está a fazer de tudo junto do Pepe, que tem o espírito que todos conhecem”.
Questionado sobre a importância de Otávio, que cumpriu o jogo 250 na Bélgica, esclareceu que “a equipa foi importante no último jogo. O Otávio está desde os 20 comigo, na nossa dinâmica. A evolução dele nos últimos anos foi muito positiva, é um jogador experiente, muito maduro em campo e no balneário também. Conheci o Otávio em Guimarães e o Otávio desse momento e o de hoje são completamente diferentes. Isso é trabalho da equipa técnica e dos companheiros que foi apanhando ao longo dos anos. Está num bom momento, nada mais que isso”.
Por fim, lembrou todos os presentes do peso que é representar diariamente o FC Porto: “É o meu sexto ano cá, alcançámos quatro passagens aos oitavos, é assinalável. Noutros sítios era motivo para festa constante ao longo do ano, mas queremos honrar a história do FC Porto porque estamos habituados a estar na melhor prova de clubes do mundo e a dar respostas como a do último jogo”.