Tal como foi antecipado na manhã desta quinta-feira, o Banco Central Europeu confirmou, esta quinta-feira, o aumento de 75 pontos-base nas taxas de juro. Esta é a terceira subida desde o início do verão.

Este aumento da 0,75 pontos percentuais levou ao aumento da taxa dos depósitos para 1,5% (e a taxa diretora para 2%). A taxa dos depósitos, que reflete aquilo que os bancos recebem quando depositam liquidez excedentária no BCE, estava em 0,75%. 

Em comunicado, o Banco Central Europeu explicou que "com este terceiro grande aumento consecutivo das taxas diretoras, o Conselho do BCE avançou consideravelmente com a eliminação da acomodação da política monetária".

Desde 2008 que as taxas de juro não estavam tão elevadas na zona euro. O Banco Central Europeu antecipou que as taxas de juro devem continuar a subir, algo que será decidido a cada reunião, "para assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de 2% a médio prazo". 

Em conferência de imprensa, Christine Lagarde, Presidente do Banco Central Europeu, adiantou que "a inflação permanece demasiado elevada e continuará a ser superior ao objetivo do BCE durante um período prolongado". Tendo em conta o aumento inesperado da inflação, a presidente do BCE referiu que "este instrumento necessita de ser recalibrado para assegurar a sua compatibilidade com o processo mais geral da normalização da política monetária e reforçar a transmissão dos aumentos das taxas diretoras às condições de financiamento bancário".

"A política monetária do Conselho do BCE visa reduzir o apoio à procura e prevenir o risco de uma persistente deslocação em sentido ascendente das expectativas de inflação", acrescentou Christine Lagarde.