Claques abrem nova guerra no Sporting. Bancada central aplaudiu violência policial sobre adeptos

Claques abrem nova guerra no Sporting. Bancada central aplaudiu violência policial sobre adeptos
| Desporto
Porto Canal

Os adeptos do desporto-rei presenciaram, este fim-de-semana, mais um episódio de violência que ficará no registo já longo de episódios de violência em torno do futebol português. Quatro anos depois da invasão à Academia de Alchochete, a intervenção da unidade especial de polícia nas bancadas de Alvalade, este sábado, correu o mundo através das redes sociais e foi notícia em vários órgãos de comunicação social internacionais. Adeptos afectos às claques e não só acusam autoridades de violência gratuita. Bancada central aplaude intervenção da polícia. Silêncio da direção é visto como sinal de cumplicidade.

O estádio de Alvalade recebia o Sporting-Casa Pia, a contar para a 10.ª jornada do campeonato, quando, ao minuto 16, o espectáculo ficou manchado pela deflagração e lançamento de vários engenhos pirotécnicos atrás da baliza do guarda-redes sportinguista, Adán. Episódios semelhantes de pirotecnia, sempre na zona onde se posicionam as claques, têm vindo a ser recorrentes ao longo dos anos, ao ponto de vários jogos terem de ser interrompidos.

Num espaço de apenas dois minutos, vários elementos da polícia de intervenção marcharam sobre as bancadas, numa tentativa de identificação dos autores dos arremessos. Após terem sido recebidos com cadeiras e tarjas, os agentes da autoridade reforçaram-se com um efetivo em número superior e "varreram" toda a zona do estádio, destinada aos adeptos leoninos.

As imagens e vídeos que foram disseminados nas redes sociais demonstram a detenção de alguns adeptos, tendo vários abandonado aquele local na sequência dos confrontos. Um caso em particular tem provocado indignação entre simpatizantes do clube lisboeta. Um adepto, de candadianas e com visíveis dificuldades de mobilidade, é arrastado por um elemento da PSP e cai desamparado.

A intervenção policial não terá, no entanto, sido vista por todos da mesma forma, mesmo dentro do Estádio de Alvalade. Dezenas de adeptos do Sporting foram filmados, na bancada central, a aplaudir a atuação da PSP.

Dentro do campo, a “batalha” também era pautada pelo medo, mas este pelo risco de perda de pontos, com a equipa de Rúben Amorim a terminar a primeira parte em desvantagem no marcador. A insatisfação dos adeptos intensificou o clima de conflitualidade.

O dia seguinte. Sporting anuncia “corte” com a Juve Leo

Poucas horas depois do incidente, antes mesmo de a Polícia de Segurança Pública se ter pronunciado sobre o sucedido, a Direção do Sporting anunciou o fim do protocolo com a claque Juventude Leonina.

Em comunicado, os leões garantiam que o objetivo do clube passa por manter a intransigência na luta contra o crime de violência no desporto, mostrando-se disponíveis para colaborar com as forças de segurança na identificação das pessoas envolvidas nas ocorrências desse sábado.

O posicionamento oficial do clube, que em momento algum repudiou a intervenção das autoridades, deixou sócios e adpetos do Sporting indignados com a direção.

O dia seguinte. Juve Leo apresenta a sua versão dos acontecimentos

No seguimento do corte de relações anunciado pela direção de Frederico Varandas, a resposta da claque, cuja relação com o Presidente do clube há muito vem sendo pautada pela troca de acusações, não se fez esperar.

"Desde o final de agosto que esta Direção se remeteu, como é apanágio nestes anos, ao silêncio e a ignorar os seus sócios e GOA", pode ler-se no comunicado divulgado. A claque do Sporting define a confusão nas bancadas de Alvalade como "desmedida carga policial" que consideram "abrupta e incoerente."

O comunicado termina com a pergunta “será que esta Direção usa sempre a Juventude Leonina para desviar o foco dos maus momentos?"

O dia seguinte. Polícia de Segurança Pública justifica atuação

O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP emitiu um comunicado no qual descreve e explica a sua intervenção no estádio de Alvalade, declarações essas que surgem longas horas depois da troca de argumentos entre claque e clube. Este comunicado “traz a jogo” uma informação até então desconhecida. Tudo terá começado numa operação de fiscalização na sede da claque Juve Leo, momentos antes do início do jogo.

Segundo a PSP, na sequência desta fiscalização “foram verificadas diversas infrações, tendo sido levantados, pelas várias entidades 8 autos de notícia por contraordenação, com apreensão de material diverso”. Já dentro do estádio, por volta das 20h46, "um grupo de adeptos do SCP preparou e acionou o lançamento de inúmeros foguetes, de utilização proibida no estádio", pode ler-se.

No comunicado é também revelado que foram exibidas "tarjas de grande dimensão, uma delas, com teor ofensivo para as forças policiais", tendo os elementos intervido "de modo a preservar a integridade física de todos os espetadores".

É também revelado que todos os factos serão comunicados às "Autoridades Judiciais, à Autoridade de Prevenção e Combate à Violência no Desporto e às demais entidades administrativas competentes"

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