Hóquei em patins. FC Porto bate Oliveirense por 5-4 depois de ter estado a perder 1-4
Porto Canal com fcporto.pt
A equipa de hóquei em patins do FC Porto saiu vitoriosa de uma épica jornada disputada esta tarde no Dragão Arena. Na receção à Oliveirense, a contar para o Campeonato Nacional, os detentores do título entraram com o patim esquerdo, chegaram a ter três golos de desvantagem, viram-se confrontados com decisões muito duvidosas da equipa de arbitragem, mas foram superiores a isso, marcando quatro vezes seguidas e dando a volta ao marcador a sete segundos do fim graças ao hat-trick de Carlo Di Benedetto.
Veja os golos:
Esperava-se um grande jogo com intérpretes à altura de ambas as partes e foi isso mesmo que se viu após a bola de saída. Logo ao terceiro minuto, o ferro negou o primeiro à Oliveirense, o FC Porto devolveu a gentileza do outro lado e Xavier Malián ia dizendo “presente” uma e outra vez para manter a folha limpa. Já depois de Diogo Alves imitar o catalão e fechar a baliza para Carlo Di Benedetto, Telmo Pinto fuzilou o arco visitante e abriu a contagem. A resposta dos de Azeméis foi imediata, na mesma moeda e em dose dupla: num espaço de poucos segundos, Tomás Martínez fez o 1-1 e na sequência do livre direto resultante do cartão azul mostrado a Diogo Barata, Lucas Martínez consumou a reviravolta. Os unionistas continuaram por cima até ao descanso, pese embora os postes fossem dividindo os holofotes e impedindo nomes como o de Xavier Barroso de aparecerem na lista dos marcadores, e Mali teve de se aplicar para manter a desvantagem mínima à ida para as cabines.
Apesar de o intervalo lhes ter feito bem, os Dragões continuaram a sentir dificuldade em encontrar o caminho do golo e nem um dos melhores do mundo a descobri-lo conseguia empatar a contenda. Remetida à sua meia-pista, e através de Franco Platero, a Oliveirense conseguiu retirar Gonçalo Alves do jogo durante um par de minutos antes de começar o triste espetáculo de Fernando Vasconcelos e Rui Torres. Ansiosa de protagonismo, a dupla de arbitragem não hesitou em anular o 2-2 e em admoestar Roc Pujadas com a cartolina azul sem motivo aparente. Na bola parada subsequente, Martínez aproveitou para fazer o 1-3 antes do surgimento da décima falta forasteira que Di Benedetto desaproveitou. Em novo contragolpe, os oliveirenses aumentaram a vantagem para 1-4 e complicaram ainda mais a tarefa dos portistas, que dispuseram de uma demorada grande penalidade que Gonçalo Alves concretizou na recarga (2-4).
Seguiu-se novo cartão azul, nova hipótese para o dianteiro e nova oportunidade desperdiçada. Carregados por Carlo Di Benedetto, os azuis e brancos reduziram o atraso já perto dos 50 minutos, repuseram a igualdade já dentro dos derradeiros três e o final aproximava-se com 4-4 no placard eletrónico, com Jorge Silva a projetar Gonçalo por cima da tabela e a acabar excluído. Chamado à marca, Di Benedetto não se mostrou capaz de reverter o desacerto portista nos livres diretos, porém o melhor ainda estava para vir. A sete segundos da buzina, o internacional francês abriu o livro de magia, puxou o stick atrás e levou o Dragão Arena ao delírio ao consumar uma remontada heróica e inteiramente merecida.
“Na primeira parte não estivemos bem nem à nossa altura. A terceira equipa complicou o jogo para os dois lados e já se torna chato e aborrecido falar desta merda todas as jornadas. Independentemente disso, estou muito feliz pela equipa. Digo-lhes que têm de ganhar jogando bem, jogando mal, com caráter e à Porto. Hoje viu-se isso, foi à Porto, contra um grande adversário, mas demos a volta nos minutos finais com caráter e raça, que é o que eu quero que a equipa demonstre. O objetivo está cumprido, que eram os três pontos. Sabíamos que esta época precisávamos de ter mais caráter, porque somos o alvo a abater e vimos de uma época extraordinária. Estamos com os pés no chão e jogos como este e o de Valongo reafirmam a necessidade de estarmos bem para ganhar. [no lance do 1-3] As imagens são claras, não podemos fazer nada quanto a isso, mas seria bom que todas as equipas fizessem um trabalho semanal para melhorar isto. Tanto as equipas técnicas como os jogadores tentam melhorar com todas as ferramentas possíveis e temos que ir por aí. Sei que se está a trabalhar nisso, mas não o suficiente”, declarou Ricardo Ares após o apito final.
Sábado há novo embate caseiro, desta feita ante o Famalicense (15h00, FC Porto TV/Porto Canal).
FICHA DE JOGO
FC PORTO-OLIVEIRENSE, 5-4
Campeonato Nacional, 4.ª jornada
5 de outubro de 2022
Dragão Arena
Árbitros: Fernando Vasconcelos e Rui Torres
FC PORTO: Xavier Malián (g.r.), Xavier Barroso, Rafa, Gonçalo Alves e Carlo Di Benedetto
Suplentes: Tiago Rodrigues (g.r.), Telmo Pinto, Reinaldo García (cap.), Diogo Barata e Roc Pujadas
Treinador: Ricardo Ares
OLIVEIRENSE: Diogo Alves (g.r.), Lucas Martínez, Xavier Cardoso, Franco Platero e Alexandre Marques
Suplentes: Diogo Fernandes (g.r.), Nuno Araújo, Tomás Pereira, Marc Torra (cap.) e Jorge Silva
Treinador: Paulo Pereira
Ao intervalo: 1-2
Marcadores: Telmo Pinto (16m), Tomás Pereira (16m e 40m), Lucas Martínez (17m e 36m), Gonçalo Alves (41m) e Carlo Di Benedetto (44m, 48m e 50m)