Vitória de Guimarães defende divulgação dos áudios entre árbitro e VAR

Vitória de Guimarães defende divulgação dos áudios entre árbitro e VAR
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Porto Canal / Agências

O Vitória de Guimarães, da I Liga, defendeu esta segunda-feira que os áudios da comunicação entre árbitros de campo e videoárbitro (VAR) devem ser divulgados, tendo pedido audiências à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e à FIFA nesse sentido.

Na sequência do jogo de sábado, com o Benfica (0-0), em que reclamou uma alegada grande penalidade cometida por Florentino sobre André André, ao minuto 61, em lance não assinalado pelo árbitro Rui Costa, nem revisto através da consulta ao VAR, o clube vimaranense assumiu o “descontentamento” com as atuações do VAR, Luís Ferreira, e do assistente de videoárbitro (AVAR), Sérgio Jesus, e pediu mais “transparência” no funcionamento do dispositivo.

“O Vitória Sport Clube, que é uma instituição centenária e age sempre em prol da evolução do futebol português, entende que outros tipos de medidas devem ser tomadas, desde logo, a exposição dos áudios entre as equipas de arbitragem em campo e os VAR/AVAR”, lê-se no comunicado publicado no sítio oficial dos minhotos.

Favorável à existência do VAR enquanto “ferramenta de maior importância” para a “verdade desportiva”, o emblema de Guimarães vincou que o instrumento “não pode ficar fechado na opacidade do segredo das comunicações entre árbitros principais e VAR”, daí os pedidos de audiências à FPF e à FIFA.

“O Vitória Sport Clube vai solicitar à FPF e à FIFA uma audiência com caráter de urgência, com vista a tornar possível a exposição dos referidos áudios e com o intuito de voltar a levar para cima da mesa de voto da assembleia geral da Liga Portugal, e demais instâncias que necessitem da aprovação, a proposta que o Sporting apresentou e foi chumbada pelos clubes”, prosseguem os vimaranenses.

O Vitória foi um dos clubes que reprovou essa proposta, em 07 de junho, tendo justificado a decisão tomada com o parecer negativo fornecido pelo Conselho de Arbitragem da FPF, dando conta de que o documento, à data, “não estava em conformidade com a lei da proteção de dados e com as indicações IFAB e FIFA”.

Apesar de frisarem que o “erro humano” faz parte do futebol, sendo “admissível a todos os intervenientes”, os minhotos consideram que a ausência de intervenção do VAR num “lance tão flagrante”, quando se tem “todas as condições para avaliar lances da partida”, só “pode demonstrar incompetência ou má vontade”.

O Vitória lamentou ainda a “disparidade de tratamento nas análises” dos lances na área vitoriana pelo VAR, em referência ao lance entre o avançado Alisson Safira e o guarda-redes ‘encarnado’ Vlachodimos, ao minuto 71, numa situação em que Rui Costa assinalou grande penalidade antes de reverter a decisão, ao consultar o VAR.

Os vimaranenses pediram ainda para se “formar melhor” as equipas de arbitragem e “penalizar quem não tem qualidade para ser VAR”, prometendo igualmente expor ao Conselho de Arbitragem lances dos encontros com o Sporting de Braga, da quinta jornada (derrota por 1-0), e com o Arouca, da sétima (2-2).

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