Mais de 1.200 pessoas detidas desde o início de manifestações no Irão

Mais de 1.200 pessoas detidas desde o início de manifestações no Irão
| Mundo
Porto Canal / Agências

As autoridades iranianas detiveram mais de 1.200 pessoas, a maioria no norte do Irão, desde que há dez dias começaram os protestos pela morte de uma jovem detida pela polícia, divulgaram esta segunda-feira os meios de comunicação locais.

"Durante a agitação dos últimos dias, 450 manifestantes foram detidos em Mazandaran (norte)", disse o procurador-geral da província, Mohammad Karimi, citado pela agência oficial de notícias Irna.

No sábado, as autoridades iranianas relataram que 739 manifestantes foram detidos, incluindo 60 mulheres em Guilan, província vizinha de Mazandaran, no norte do país.

Citando uma autoridade local, a agência de notícias Fars anunciou no domingo a detenção de 88 manifestantes na província de Hormozgan, no sul.

Segundo a mesma fonte, as autoridades iranianas realizaram outras detenções nas cidades de Zanjan (noroeste), Karaj (oeste de Teerão) e Kerman (sudeste).

Mahsa Amini, de 22 anos e originária do Curdistão (noroeste), foi detida pela polícia da moralidade a 13 de setembro em Teerão, por "vestir roupas inadequadas".

Aquela unidade é responsável por fazer cumprir o rígido código de vestuário no Irão, onde as mulheres devem cobrir os seus cabelos e não é permitido usar roupas curtas ou apertadas, entre outras proibições. A jovem morreu a 16 de setembro no hospital, data em que começaram os protestos no país.

O movimento de protesto espalhou-se por várias cidades iranianas.

 

 

"Nos últimos dias, manifestantes atacaram prédios do governo e danificaram propriedades públicas em partes de Mazandaran sob a direção de agentes estrangeiros", disse o procurador-geral Mohammad Karimi.

No domingo, o chefe do judiciário, Gholamhossein Mohseni Ejei, ameaçou não mostrar "nenhuma clemência" para com os manifestantes e pediu à polícia que aja "com firmeza" contra "aqueles que prejudicam a segurança".

De acordo com um relatório oficial não detalhado, 41 pessoas morreram, incluindo manifestantes e polícias, em dez dias de protestos.

No sábado, os meios de comunicação locais anunciaram a morte de quatro paramilitares na "agitação" em Teerão, Shiraz (sul), Urmia (noroeste) e Garmsar (centro), elevando para nove o número de agentes das forças de segurança nos últimos dias.

A agência de notícias Tasnim publicou cerca de 20 fotos de manifestantes, incluindo mulheres, em várias ruas de Qom, uma importante cidade sagrada xiita localizada a cerca de 150 quilómetros ao sul da capital.

As instituições militares e de segurança publicaram estas imagens dos "líderes dos motins" e apelaram aos habitantes para "identificá-los e informarem as autoridades", acrescentou a agência Tasnim.

A morte de Mahsa Amini provocou uma forte condenação em todo o mundo e as organizações não-governamentais internacionais denunciaram a repressão brutal aos protestos.

+ notícias: Mundo

Secretário-geral da NATO pede mais investimento militar e mais apoio à Ucrânia

O secretário-geral da NATO pediu hoje aos países da aliança atlântica que aumentem os gastos militares devido às tensões com a Rússia, e criticou o facto de a Ucrânia não ter recebido a ajuda prometida nos últimos meses.

Dona do TikTok garante não ter planos para vender apesar de ultimato dos EUA

A empresa chinesa ByteDance garantiu esta sexta-feira não ter intenção de vender o TikTok, apesar de Washington ameaçar proibir a plataforma de vídeos nos Estados Unidos caso não corte os laços com a China.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.