Centro das Artes José de Guimarães vai “esvaziar” as reservas para as expor ao público

Centro das Artes José de Guimarães vai “esvaziar” as reservas para as expor ao público
| Norte
Porto Canal/Agências

O Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), em Guimarães, vai “esvaziar” as reservas para as mostrar, na íntegra, ao público, numa exposição que adota o título do número de peças a expor: “1.128 objetos”.

Parte de um ciclo de exposições intitulado “Heteróclitos”, “1.128 Objetos” é um “projeto algo ambicioso”, como o classificou hoje a diretora artística do CIAJG, Marta Mestre.

“Vamos esvaziar as reservas do CIAJG e a coleção toda sobe ao piso 1”, afirmou Marta Mestre, durante uma apresentação para a imprensa da programação do próximo quadrimestre da cooperativa.

Na prática, trata-se da totalidade das peças reunidas pelo CIAJG ao abrigo da cedência, em regime de comodato, pelo artista José de Guimarães, que “vai agora poder ser vista em toda a sua extensão”.

“A exposição ocupa a totalidade do primeiro piso e a sua montagem é deliberadamente experimental, procurando fluidez entre as ‘reservas’ e as salas de exposição”, pode ler-se no programa daquele espaço museológico.

Como recorda a página do centro, "a coleção do CIAJG é composta por um conjunto de obras do artista José de Guimarães, assim como por arte africana, arte pré-colombiana e arte antiga chinesa, selecionadas pelo artista. No total, o acervo do CIAJG é composto por 1.128 objetos, entre cerâmica, escultura, desenho, instalação, têxtil, pintura, pintura e artes gráficas".

A inauguração acontece no dia 8 de outubro, dia em que também vão ser abertas mostras pela espanhola Sara Ramo, André Tavares e Ivo Poças Martins, para além de “Things in motion”, de Pedro Huet, Darks Miranda, Mariana Caló e Francisco Queimada, entre outros.

“Things in motion” é um “arquivo de imagens fixas e de imagens em movimento que enfatiza as relações cruzadas entre o surrealismo, a etnografia, a arte contemporânea, o Carnaval e o colonialismo”, ficando distribuído ao longo da exposição “Heteróclitos 1.128 objetos”.

As exposições ficam patentes até 26 de fevereiro de 2023.

Ainda em outubro, no dia 27, o CIAJG vai receber o programa público “Crepúsculos”, de “Vampires in Space”, de Pedro Neves Marques, que concebeu para a representação portuguesa na Bienal de Arte de Veneza deste ano.

O dia inclui os filmes “Nosferasta”, de Adam Khalil, Bayley Sweitzer com Oba, e “A Mordida”, de Pedro Neves Marques, para além de uma sessão de leitura de poesia com Ellen Lima e Pedro Neves Marques.

Mais tarde, há uma atuação de Odete, seguindo-se uma “excursão-conversa-sessão bioacústica sobre a ecologia e biologia dos morcegos no próprio edifício do CIAJG”.

No dia 10 de dezembro, é inaugurada a exposição “Coleção ZDB”, que apresenta “pela primeira vez fora de portas”, a coleção da lisboeta Galeria Zé Dos Bois (ZDB), que “ao longo dos anos reuniu obras de arte, livros, poesia visual, cartazes, objetos etnográficos, materiais diversos de toda a sorte”.

Numa apresentação em que a ideia de parcerias e coproduções foi repetida por diversas vezes, Marta Mestre salientou ainda a ligação local através do “Ateliê Comunitário” da CIAJG, que vai procurar receber oficinas e formações para o público.

A codiretora artística disse ainda que está em curso a candidatura do CIAJG à Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC), cujo processo de adesão arranca na próxima semana.

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