Fecho de escola em Estarreja ameaça sobrevivência de Centro Social

Fecho de escola em Estarreja ameaça sobrevivência de Centro Social
| Norte
Porto Canal

O fecho previsto da escola básica da Terra do Monte poderá arrastar o encerramento do Centro Social e Paroquial de Fermelã, Estarreja, com 16 funcionários, advertiu hoje a associação de pais.

O fecho daquela escola, incluído na listagem divulgada pelo Ministério da Educação, vai por em causa a sobrevivência do Centro Social e Paroquial de S. Miguel de Fermelã, que emprega 16 funcionários e tem as valências de creche, jardim infantil e ATL.

"Muitos deles almoçam no centro, que os vai buscar à escola e é lá que muitos pais os deixam às 07:30, antes de irem para o trabalho, e alguns que trabalham por turnos precisam desse apoio até às 19:30", descreve Cláudia Macedo, da direção da Associação de Pais e funcionária da instituição.

A consumar-se o fecho da escola, o Centro terá de encerrar o ATL porque não tem condições para se manter aberto, com as crianças a frequentar outra escola em Salreu.

"Para os prolongamentos de horário e ocupação de férias os pais vão deixar de ter essa resposta", diz Cláudia Macedo, que antevê que o próprio Centro Social fique em risco, por número insuficiente de matrículas.

"No caso de dois irmãos, se um vai para a escola de Salreu, dificilmente o outro ficará a frequentar o nosso jardim-de-infância porque os pais não vão levar um filho a uma terra e o outro a outra", explica.

A Associação de Pais, que hoje reúne com representantes da Câmara de Estarreja, está contra o encerramento da escola, que diz não compreender, uma vez que tem 51 alunos matriculados e garante que a população está mobilizada para lutar para que a Escola da Terra do Monte continue a funcionar, estando anunciada para sexta-feira uma marcha lenta de protesto até Estarreja.

Os pais não vêm razão para a escola ser encerrada, tanto mais que "teve obras há pouco tempo e dispõe de boas condições, como biblioteca, meios informáticos e audiovisuais, além de professores excecionais".

"A população está-se a mobilizar contra o fecho porque não perdemos só a escola: é a freguesia que está em causa e o desaparecimento dos poucos serviços que ainda tem. Já foram retirando os correios e extensão de saúde. Os polos agregadores da freguesia são a escola e o Centro Social e por arrasto o comércio vai-se ressentir", afirma Cláudia Macedo.

Contactado pela Lusa, o vereador da Educação, João Alegria, garante que também a Câmara está contra o encerramento da escola, apesar de previsto na Carta Educativa, porque a autarquia não tem condições para assegurar o transporte das crianças e o equipamento das salas, mas critica as ações de protesto.

"Temos estado a reunir com os encarregados de educação, para comunicar ao Ministério da decisão conjunta do agrupamento, pais e autarquia e é esse o procedimento que entendemos ser de seguir. Discordamos da proposta de encerramento do Ministério e a nossa posição é clara e está formalizada desde 30 de maio", disse.

João Alegria distancia-se dos protestos, em que a própria Câmara é visada: "em vez de serem os pais, são outras organizações que os estão a organizar, algumas de caráter partidário, que estão a procurar manipular a população, porque não estão a passar a informação toda e de forma correta".

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