Fiscalização portuguesa do Metro de Macau "inaceitável", diz deputado

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Porto Canal / Agências

O deputado de Macau Wu Chou Kit defendeu hoje que a fiscalização da operação da primeira linha do metro ligeiro local, a cargo da empresa portuguesa Consulasia, foi "inaceitável" e contribuiu para os atrasos e derrapagem orçamental do projeto.

"Sem experiência em metros ligeiros, o atraso no período de construção e o aumento no custo da primeira fase do metro ligeiro foram alvo de críticas por parte da população", disse Wu, numa interpelação escrita ao Governo.

A Consulasia -- Consultores de Engenharia e Gestão, Limitada, que faz parte do grupo Consulgal, com sede em Oeiras, recebeu 197 milhões de patacas (24 milhões de euros) para fiscalizar o sistema e equipamentos eletromecânicos do metro ligeiro de Macau.

O sistema do metro ligeiro foi desenvolvido pelo conglomerado japonês Mitsubishi, enquanto a construção das linhas foi atribuída a várias empresas locais e da China continental.

A primeira linha, prometida desde 2010, foi inaugurada em 2019, tendo custado 10,2 mil milhões de patacas (1,14 mil milhões de euros).

A operação do metro ligeiro esteve parada entre outubro de 2021 e abril de 2022, para substituir cabos de alta tensão com um comprimento total de cerca de 124 quilómetros, devido a sobreaquecimento.

O também presidente da Associação de Engenheiros de Macau acrescentou que o executivo "aprendeu com a experiência passada e a empresa contratada desta vez conhece a área da Grande Baía" Guangdong-Hong Kong-Macau.

O deputado referia-se ao contrato para a extensão da linha do metro ligeiro, que irá ligar a principal fronteira com a China continental ao aeroporto, que terá sido entregue ao Guangzhou Metro Group.

O grupo que opera o metropolitano de Guangzhou, capital da província vizinha de Guangdong, anunciou ter conquistado o contrato, no valor de 340 milhões de patacas (41,4 milhões de euros), algo ainda não confirmado pelo Governo de Macau.

Em março de 2021, arrancou a construção da linha de metro ligeiro entre o território e Hengqin (ilha da Montanha), na China continental, que vai custar 3,5 mil milhões de patacas (366 milhões de euros), e deverá estar concluída em quatro anos.

Com a extensão do metro ligeiro as autoridades preveem que o volume de passageiros passe de 2.880 passageiros por dia, em 2020, para 137 mil pessoas por dia, em 2030.

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