País está melhor, maioria está firme e oposição frágil - PSD
Porto Canal / Agências
Lisboa, 2 jul (Lusa) - O líder parlamentar do PSD afirmou hoje que "o país está melhor", que a maioria e a coligação governativa estão coesas e estáveis, contrapondo que a oposição está "muito frágil nas ideias" nas alternativas e na estabilidade.
"Este que é o primeiro debate do estado da Nação pós-'troika', é caso para concluir que o país está melhor, as pessoas começam a sentir mais futuro e mais esperança. A maioria e o Governo estão firmes e coesos e virados para o futuro. A oposição está frágil e cada um dos seus partidos, à sua maneira, cada vez mais virados para o passado", declarou.
O líder parlamentar do PSD disse que o debate sobre o estado da Nação, o primeiro depois de encerrado o programa de ajustamento financeiro, é o momento para avaliar o estado do país, da maioria e da oposição, considerando "significativo" que a coligação PSD/CDS-PP se apresentem "coesos e como referencial de estabilidade" apesar de "tensões" ultrapassadas perante a necessidade de "fazer prevalecer o interesse de Portugal".
Pelo contrário, continuou, a "oposição está muito frágil nas ideias, nas alternativas e também na estabilidade", com o PCP e o BE "desfasados no tempo" e o PS em "ziguezague quer no discurso quer em termos de liderança política interna".
Para Luís Montenegro, independentemente de quem vier a ser o próximo secretário-geral do PS, "nos últimos três anos, o PS não ajudou nada os portugueses a ultrapassarem a situação difícil do país".
"Não ajudaram no cumprimento do memorando que subscreveram, quando andaram a assustar as pessoas com previsões alarmistas", criticou, acusando o PS de "não ter coragem" para esclarecer se "defende a reestruturação da dívida" e em que termos, e se está disponível para a reforma do Estado.
"Como faz descer o défice que é um objetivo coletivo? Como cumprimos o tratado orçamental? Esta é a grande fragilidade do PS independentemente da liderança do Partido Socialista", defendeu o deputado social-democrata.
Luís Montenegro afirmou que a maioria está "firme na convicção" de que o país está em condições de entrar num "ciclo de crescimento", frisando que apesar de o número de desempregados ser muito elevado, a taxa de desemprego mantém a tendência de descida há 16 meses consecutivos.
Uma "situação financeira controlada", uma "recuperação do investimento privado depois de 12 anos" e um "excedente comercial que não conhecia há 79 anos" são sinais que permitem ver um "horizonte de esperança", sustentou.
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