Padre acusado de omitir abusos sexuais tenta evitar julgamento
Porto Canal
O padre da diocese de Évora, acusado de esconder abusos sexuais dentro da igreja a duas meninas, já pediu a abertura de instrução do processo que decorre no tribunal de Santarém.
O padre Heliodoro Nunes, de 50 anos, acusado de um crime de abuso sexual de crianças por omissão, já pediu a abertura de instrução do processo que decorre no tribunal de Santarém.
O pároco de Samora Correia foi afastado de funções depois de o Porto Canal noticiar em primeira mão a acusação e ter questionado a diocese de Évora por ainda se manter em funções. Já foi substituído por outro padre enquanto decorre a investigação interna, mas que vai acompanhnar o processo judicial em que arrisca uma pena de prisão até 8 anos.
O Porto Canal sabe que a defesa do padre Heliodoro Nunos contesta a acusação do Ministério Público e tenta assim escapar a ser julgado. Refuta as acusações que lhe são imputadas no que diz respeito a ter ocultado o abuso sexual a uma menina por parte do chefe dos acólitos, nunca reportou a situação, mesmo tendo sido alertado pela mãe da menina, de 11 anos. Não reportou nem à policia nem à diocese e decidiu apenas afastar o pedófilo da catequese, já que foi nesse âmbito que os abusos aconteceram mas um ano depois, relata o Ministério Público, outra menina, de 11 anos, foi abusada antes de começar a missa. A mãe confrontou de imediato o chefe dos acólitos e avisou o padre, que voltou a não denunciar o caso e apenas impediu o arguido de celebrar missa naquele dia.
O caso chegou à justiça apenas graças à denúncia da mãe da segunda vítima que imediatamente participou o caso ao tribunal… o padre está em liberdade enquanto o chefe dos acólitos está em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, há quase 6 meses…