Paulo Portas considera "muito importante" recuperação do indicador de clima económico

| Política
Porto Canal / Agências

Guarda, 28 jun (Lusa) - O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, reagiu na sexta-feira com satisfação aos dados sobre a confiança económica publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e considerou que "a recessão foi embora" e o crescimento "está a recuar".

"A confiança dos consumidores continua a subir e atingiu este mês o ponto mais elevado desde 2009. O indicador de clima económico voltou a recuperar e atingiu este mês o valor mais alto desde 2008", disse Paulo Portas, referindo-se aos dados do INE.

O presidente do CDS-PP e vice-primeiro ministro falava na sexta-feira à noite, na Guarda, no jantar de tomada de posse da nova comissão política concelhia do CDS-PP, liderada por Henrique Monteiro.

"Isto é muito importante. É a confiança que trás investimento, é o investimento que gera emprego", observou.

Tendo em conta este cenário, o líder nacional do CDS-PP referiu que "o primeiro dever de todos os órgãos de soberania em Portugal é estarem à altura dos sinais que a economia portuguesa está a dar".

"Assim a política esteja à altura do que a economia e as empresas estão a conseguir fazer no nosso país", observou, dizendo que "é preciso proteger estes indicadores".

Paulo Portas falou também dos efeitos da crise e lembrou que nos últimos três anos "a questão social mais séria no nosso país chamava-se, e chama-se, desemprego".

Portugal chegou a ter uma taxa de 17,7% de desemprego, mas "desde há um ano" o desemprego "está a descer mês após mês", observou.

"Terminámos o ano passado com 15,6% e estamos neste momento com 14,6%. Ou seja ainda temos um desemprego demasiado alto, mas a tendência para a redução do desemprego é constante, mês após mês" e é disso que o país e as novas gerações "precisam", referiu.

Portas indicou que no momento atual "a recessão foi embora, o crescimento voltou, o desemprego está a recuar", as exportações "subiram" e o turismo "teve o melhor ano de sempre em 2013".

Disse ainda aos militantes que na questão dos funcionários públicos e dos reformados que pagam Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), as propostas do Governo são "propostas razoáveis e equilibradas".

"O país viveu três anos sob o ciclo da 'troika'. Esse tempo terminou", lembrou.

Em matéria de pensões, no caso das "pensões mínimas sociais e rurais" o Governo "aumentou-as com a 'troika' cá dentro, enquanto os socialistas as congelaram e ainda não havia 'troika' cá dentro", esclareceu.

A partir do próximo ano, "80% dos pensionistas ficarão isentos de qualquer contribuição" e aqueles que pagavam CES "ficarão todos em melhor situação".

"Nenhum ficará igual, nenhum ficará pior, ficarão todos em melhor situação a partir de janeiro de 2015", disse Paulo Portas, admitindo que haverá "uma recuperação substancial do valor da pensões, a partir de janeiro de 2015".

"Eu tenho esperança que esta solução não seja invalidada pelo Tribunal Constitucional", assumiu.

ASR // DM.

Lusa/fim

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