Autarcas de Vila do Conde e Póvoa de Varzim alertam para problema do assoreamento

| Norte
Porto Canal com Lusa

Póvoa de Varzim, Porto, 14 jun 2022 (Lusa) -- Os autarcas de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, distrito do Porto, alertaram hoje para o impacto do assoreamento nos portos de pesca locais e pediram mais atenção do Governo ao problema.

As infraestruturas portuárias das duas cidades nortenhas vizinhas, que acolhem a maior comunidade piscatória do país, estão frequentemente a serem condicionadas pela acumulação de areias, oriundas do fenómeno de erosão costeira, e, apesar das dragagens promovidas, com alguma frequência, o problema persiste.

"As praias são muito importantes para nós, não só no aspeto lúdico e turístico, mas também pelo impacto que têm nos portos de pesca de Vila do Conde e da Povoa de Varzim, cujas entradas são sistematicamente afetadas pelo assoreamento, que resulta das alterações climáticas e da erosão costeira. É algo que afeta a atividade económica para a nossa região, mas também e país, e que merece toda atenção do administração cental", disse Vítor Costa, presidente da câmara vila-condense.

O autarca comentou hoje a questão durante a consignação de uma obra de reforço da marginal da freguesia de Árvore, no valor de 1,8 milhõe de euros, que será promovida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para minimizar os dados da erosão da costa.

Uma intervenção semelhante, mas de menor dimensão, foi também promovida na Póvoa de Varzim, na freguesia da Aguçadoura, onde o autarca local, sobre o mesmo tema, deixou um repto aos responsáveis da APA.

"A Póvoa de Varzim, tal como Vila do Conde, está sofrer um acelerado processo de erosão costeira, mas a Direção-geral de Recursos Naturais (DGRM], que tutela as intervenções nas áreas portuárias, está a repor os inertes que retira [das dragagens] a mais de três milhas da costa, o que não repõe o balanço de areias nas praias e, em pouco tempo, volta a causar o assoreamento", disse Aires Pereira.

Aproveitando a presença dos responsáveis da APA, o autarca poveiro pediu que se encete um diálogo entre os responsáveis das entidades sobre este assunto, num desafio aceite pelo vice-presidente do organismo.

"Registei as preocupações e terei uma reunião para nos articularmos e podermos ver onde podemos colocar as areias das dragagens. É um problema para os portos de pesca, mas é também uma oportunidade para recarregar as praias", disse José Pimenta Machado.

O vice-presidente da APA lembrou que essa estratégia "já foi utilizada em Aveiro e que correu muito bem", prometendo "trabalhar numa solução".

JPYG//LIL

Lusa/fim

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