Madeira diz que novo executivo é "mais equilibrado" e manifesta "total disponibilidade" para colaborar
Porto Canal com Lusa
Porto Santo, Madeira, 24 mar 2022 (Lusa) -- O presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, manifestou hoje "total disponibilidade" para colaborar com o novo Governo da República, que diz ser "mais equilibrado" do que o anterior e dispor de condições para "trabalhar com serenidade".
"Temos total disponibilidade para colaborar com o Governo, é isso mesmo que vou reiterar ao primeiro-ministro porque temos de resolver algumas questões aqui, da Madeira, que estão pendentes, e tudo o que se resolve na Madeira são também soluções para o país", afirmou Miguel Albuquerque.
O líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP) falava na ilha do Porto Santo, onde hoje se encontra em visita de trabalho.
"Eu vou à tomada de posse do Governo, depois vou solicitar ao senhor primeiro-ministro para termos uma reunião de trabalho", disse, referindo alguns dos principais dossiês pendentes entre a região e o Estado, como o financiamento do novo Hospital Central e Universitário da Madeira, já em fase construção, a Zona Franca e a revisão da Lei das Finanças Regionais.
Miguel Albuquerque considera que o chefe do Governo, António Costa, não tem agora "grandes objetivos" políticos na região autónoma enquanto líder do Partido Socialista, após as últimas derrotas eleitorais, e, por outro lado, também já não está "sujeito às imposições da extrema-esquerda".
"Tem maioria absoluta, tem condições para trabalhar com serenidade, tendo em vista a resolução dos problemas da população, isso é o que nos interessa", declarou, vincando que o novo executivo socialista é "mais equilibrado do que o anterior".
E reforçou: "Neste momento, é fundamental que o Governo nacional trabalhe no sentido de iniciarmos a recuperação económica do país no pós-pandemia e também na circunstância difícil que estamos a atravessar, com a guerra na Ucrânia".
O primeiro-ministro, António Costa, apresentou na quarta-feira, ao Presidente da República, a composição de um Governo com 17 ministros, menos dois do que no anterior.
Há novos titulares nas Finanças (Fernando Medina), nos Negócios Estrangeiros (João Gomes Cravinho), na Defesa (Helena Carreiras), na Administração Interna (José Luís Carneiro), na Justiça (Catarina Sarmento e Castro), na Economia e Mar (António Costa Silva), nos Assuntos Parlamentares (Ana Catarina Mendes), na Ciência e Ensino Superior (Elvira Fortunato), na Educação (João Costa) e no Ambiente (Duarte Cordeiro).
Continuam no executivo, e nas mesmas pastas, Mariana Vieira da Silva (Presidência), Marta Temido (Saúde), Ana Mendes Godinho (Segurança Social e Trabalho), Ana Abrunhosa (Coesão Territorial), Maria do Céu Antunes (Agricultura) e Pedro Nuno Santos (Infraestruturas e Habitação).
Abandonam o Governo 11 ministros: Alexandra Leitão, Graça Fonseca, Francisca Van Dunem, João Leão, Augusto Santos Silva, Pedro Siza Vieira, Nelson de Souza, Matos Fernandes, Manuel Heitor, Tiago Brandão Rodrigues e Ricardo Serrão Santos.
Este é o terceiro Governo chefiado por António Costa e o seu primeiro com maioria absoluta. Pela primeira vez, a composição de um executivo conta com mais mulheres do que homens, excluindo o primeiro-ministro.
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