Lisboa, 09 jun (Lusa) -- A Câmara de Lisboa quer contratar 75 novos cantoneiros de limpeza e vai pedir autorização à Assembleia Municipal para abrir um concurso comum.

Esta decisão surge depois de a câmara ter transferido cerca de 1000 trabalhadores daquela categoria profissional para as juntas de freguesia, no âmbito da transferência de competências, e se ver atualmente confrontada com uma deficiente recolha de lixo na cidade.

Segundo uma proposta que vai na quarta-feira à reunião da câmara, os novos funcionários terão "contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado".

Na proposta, assinada pelo vice-presidente, Fernando Medina, e pelo vereador da Higiene Urbana, Duarte Cordeiro, pode ler-se que naquela categoria profissional estavam previstos 1499 postos de trabalho, "dos quais 225 encontravam-se vagos, número que à atual data ascende a 252, sendo previsível, a curto prazo, aumentar, dado se encontrarem, em curso, na Caixa Geral de Aposentações cerca de 50 pedidos de aposentação".

Os vereadores lembram ainda que os serviços da administração pública verificam o número de trabalhadores que se encontram em funções e, caso sejam insuficientes, "pode promover o recrutamento dos necessários à ocupação dos postos de trabalho em causa".

Fernando Medina e Duarte Cordeiro frisam que do atual mapa de pessoal "resulta um elevado número de postos de trabalho vagos" na categoria de cantoneiro de limpeza, o que indicia "manifestas necessidades de pessoal nesta área de atividade".

Afirmando que a limpeza urbana é uma das "mais relevantes missões do município de Lisboa", os vereadores defendem que a recolha do lixo na cidade "impõe um número suficiente de trabalhadores".

Na reunião de câmara de 28 de maio, o vice-presidente fez saber que pretende contratar 150 novos cantoneiros até 2016.

A falta de cantoneiros foi um dos motivos que levou o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa a marcar uma greve para quinta-feira, dia dos Casamentos de Santo António e das Marchas Populares.

Entre as outras reivindicações estão a falta de condições laborais, e as pressões feitas aos trabalhadores para completar o serviço, também resultantes do elevado número reclamações apresentadas na autarquia sobre a questão da recolha do lixo.

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