Empresários "não estão mais empenhados do que o Governo" afirma Passos Coelho

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Porto Canal

O primeiro-ministro afirmou hoje que vai manter o rumo traçado para o país e que partilha das preocupações dos patrões, mas ressalvou que "não estão mais empenhados do que o Governo" em antecipar a retoma económica.

"Eu julgo que em Portugal todos estamos preocupados em conseguir antecipar a retoma da economia. Portanto, os empresários não estão mais empenhados do que o Governo nesses objetivos", assinalou.

Pedro Passos Coelho falava aos jornalistas, em Évora, sobre o compromisso para o crescimento económico, apresentado hoje pelas confederações patronais, as quais desafiam o Governo a dar "um novo rumo para Portugal".

Entre as medidas que consideram urgentes, as confederações patronais referem a necessidade de um "alívio fiscal" que será "determinante para a retoma do investimento das empresas, para a recuperação do emprego e do consumo das famílias".

O chefe do Governo referiu que o país está a ultrapassar um primeiro momento de "emergência financeira séria", que coexistiu com um segundo momento que "será agora aprofundado" e que implica "transformações do lado da economia e do lado das instituições públicas".

"Um terceiro momento está agora também a arrancar que é o do investimento", realçou Passos Coelho, indicando que o Governo pode agora "apostar mais no investimento e na criação dos empregos" que o país necessita para que "mantenha a coesão social e possa vir a crescer no futuro".

Nesse sentido, o governante considerou que é "muito importante que se exija uma capacidade de diálogo muito grande", que, no seu entender, "o Governo tem mantido, seja com os sindicatos, seja com as confederações patronais".

Passos Coelho frisou que o Governo está a "trabalhar com as confederações patronais e com os sindicatos para poder impulsionar o crescimento da economia e gerar empregos" e que os "parceiros sociais sabem que essa é a preocupação do Governo".

"Creio que não podemos senão secundar essas preocupações com a diferença que estamos a trabalhar para poder responder favoravelmente a essas preocupações", acrescentou.

O primeiro-ministro foi ainda questionado sobre o regresso à empresa Metro do Porto do ex-secretário de Estado da Defesa, Braga Lino, exonerado do Executivo em abril por ter autorizado a celebração de 'swaps'.

"O secretário de Estado pediu para ser substituído dado que não queria que houvesse contaminação da sua função no Governo em torno da polémica sobre os 'swaps' e por essa razão foi substituído. Retornou, com certeza, ao seu lugar de origem na empresa", limitou-se a esclarecer.

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