Brasil enfrenta onda de greves
Porto Canal
Várias greves, como dos professores, polícias ou motoristas de autocarro estão a afetar o Brasil a 22 dias do arranque do Mundial2014, a 12 de julho, em São Paulo.
A paralisação de motoristas de autocarro, que começou na terça-feira, em São Paulo, está a ser realizada por dissidentes do sindicato do setor, descontentes com a aprovação do aumento de 10% nos salários.
A greve, que não foi anunciada, causou o caos no trânsito do município e na rede de metro, afetando 230 mil passageiros. Hoje, pelo menos cinco empresas de autocarros continuam paralisadas, e três terminais fechados.
Já os polícias civis iniciaram hoje uma paralisação de 24 horas em 12 estados brasileiros, para pedir melhor segurança, estrutura de trabalho e nivelamento dos salários no país.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Policiais Civis informou que a paralisação ocorre nos estados de Alagoas, Baía, Paraíba, Pernambuco (nordeste), Amazonas, Pará, Rondônia (norte), Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo (sudeste) e Santa Catarina (sul). Está prevista uma manifestação do setor em Brasília hoje, com apoio de agentes federais.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) também realiza hoje o seu dia de paralisação, com protestos e distribuição de panfletos, para defender a reestruturação da carreira docente, melhores salários e mais estrutura de trabalho.
No estado de São Paulo, professores e funcionários de três universidades públicas (Universidade de São Paulo, Universidade Estadual Paulista e Universidade Estadual de Campinas), decidiram suspender as atividades hoje, contra a decisão de não haver reajuste salarial este ano.
Na capital federal, técnicos administrativos da Universidade de Brasília (UnB) incendiaram pneus na manhã de hoje para impedir o acesso a uma das portarias da instituição.
As paralisações a menos de um mês do Mundial2014 chamam a atenção não só da imprensa brasileira, mas também de jornais internacionais.