BE acusa Governo de matar SNS e pede que persiga parcerias público-privadas

| Política
Porto Canal / Agências

Guimarães, 20 mai (Lusa) - O BE sugeriu hoje ao Governo que deixe o ataque aos serviços públicos e opte por perseguir as parcerias público-privadas, que "na saúde têm sido sorvedouros de dinheiro", acusando o executivo de querer matar o SNS.

A cabeça de lista do BE às europeias, Marisa Matias, falava aos jornalistas no final de uma visita ao Centro Hospitalar do Alto Ave, em Guimarães, que considerou ser "um bom exemplo de como é que estão a reduzir a dívida reforçando os serviços públicos e reforçando os direitos dos trabalhadores".

"O Governo devia tomar estes exemplos. Se quer perseguir alguma coisa, que não persiga os serviços públicos e persiga as parcerias-públicas que então na área da saúde têm sido mesmo sorvedouros de dinheiro", sugeriu.

Na opinião da cabeça de lista do BE "há um incentivo por parte do Governo para desmantelar o Serviço Nacional de Saúde, para o destruir e para o tornar irrelevante", lamentando que este incentivo esteja "a colher furtos".

"Queremos defender o Serviço Nacional de Saúde. Num dia de hoje, com as notícias que vieram a público relativamente aos planos do Governo, eu gostaria de dizer que o Governo está a querer matar o Serviço Nacional de Saúde", acusou.

O Jornal de Notícias noticia hoje em manchete que os médicos do Conselho Regional do Norte rompem relações com o Ministério da Saúde, contra aquilo que dizem ser a 'lei da rolha'.

Segundo Marisa Matias, o Governo tem, no entanto, "um problema" porque tem profissionais que defendem o Serviço Nacional de Saúde, e é por isso que "aponta como solução a 'lei da rolha', ou seja, calar à força os profissionais para que não possam vir dizer em público aquilo que estão a ser os ataques ao SNS".

"Nós podemos hoje ver aqui neste hospital público como a redução de custos se pode fazer na saúde. Neste caso, contratando - com contratos de trabalho decentes - 30 médicos que vieram substituir 40 que estavam forçados a contratar em regime de prestação de serviços. Esses 40 médicos tinham um horário equivalente a 10 médicos, que custavam muito mais e este hospital optou por contratar 30 com direitos e a tempo inteiro", enumerou.

Segundo a bloquista, "é assim que se faz a defesa dos serviços públicos e do SNS, consolidando aquilo que é a qualidade de oferta".

Antes de visitar a zona do hospital destinada à saúde materno-infantil, Marisa Matias ouviu da boca do presidente do Conselho de Administração do centro hospitalar a forma como a estrutura conseguiu reduzir a dívida em cerca de 50% situando-se, no final de 2013, em cerca de seis milhões de euros.

JF // SMA

Lusa/fim

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