Estudantes de Coimbra contra eventual aumento de propinas

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Porto Canal / Agências

Coimbra, 17 mai (Lusa) -- O presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC) assegurou hoje que os estudantes dirão "não ao aumento das propinas", caso o Conselho Geral da Universidade de Coimbra (UC) venha a decidir nesse sentido.

A AAC "não compactua com mais um peso sobre os ombros dos estudantes", afirmou o dirigente estudantil dos universitários de Coimbra, Ricardo Morgado, sublinhando que a academia "não aceitará que o financiamento da UC seja cada vez maior por parte dos estudantes, demitindo-se o Estado da sua responsabilidade".

Ao Estado compete "garantir um ensino gratuito, universal e de qualidade", sustentou o presidente da AAC, que falava, ao final da manhã de hoje, numa conferência de imprensa, para divulgar as iniciativas que os dirigentes associativos vão promover para esclarecerem e mobilizarem os estudantes no combate ao aumento das propinas, se ele ocorrer.

A AAC "vai levar a cabo nos próximos dias campanhas de informação e de divulgação" e vai promover "ação política de sensibilização junto dos decisores do aumento das propinas", junto, portanto, dos membros do Conselho Geral da UC.

"Aos conselheiros [da UC] demonstraremos a posição da AAC, para que possam verificar a injustiça de um novo aumento", afirmou Ricardo Morgado, desafiando "toda a comunidade universitária" de Coimbra a colocar-se ao "lado dos estudantes nesta questão" e a compreender as dificuldades económicas que eles vivem.

No ano letivo de 2010/11, o custo médio anual de um aluno no ensino superior era de 5.841 euros, segundo os estudos mais recentes conhecidos, referiu o presidente da AAC, salientando que "Portugal é o terceiro país da União Europeia com propinas mais elevadas".

A UC alega que não tem vindo a aumentar as propinas, mas "apenas a atualizar" o seu valor "em função da taxa de inflação", mas o certo é que "sobem todos os anos" e se o Conselho Geral decidir proceder, para o próximo ano letivo, a nova atualização, passarão dos atuais 1.037,20 para 1.066 euros.

Se o aumento acontecer, registar-se-á "um acréscimo do valor das propinas de quase cem euros em apenas três anos", salientou Ricardo Morgado.

"Este é um problema real que os estudantes da UC terão de enfrentar", advertiu o presidente da AAC, apelando à comunidade estudantil para que se mobilize "antes que ocorra a efetiva subida das propinas" e para que se preparem para a eventualidade de terem de "entrar numa batalha que, certamente, marcará este ano letivo que está a terminar".

O Conselho Geral da UC, que se reunirá até final deste ano letivo, é presidido por Rui Vilar, eleito, em março, sucedendo no lugar ao banqueiro Artur Santos Silva.

O antigo presidente das Fundação Gulbenkian é um dos dez elementos externos à UC que integram aquele órgão, ao qual compete, designadamente, eleger o reitor, aprovar as linhas gerais de orientação e plano anual da Universidade, designar o Provedor do Estudante e fixar o valor das propinas.

JEF (AMV) // SSS

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