Trabalhadores e administração da Parmalat continuam sem chegar a acordo
Porto Canal / Agências
Redação, 08 mai (Lusa) -- A reunião de hoje entre os trabalhadores e a administração da fábrica Parmalat em Águas de Moura terminou novamente sem acordo, que depende agora da disponibilidade da empresa para prolongar até 2015 as negociações sobre o reforço das escalas de pessoal.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras (SITE/Sul) Eduardo Florindo disse que a empresa mantém a proposta de atualização salarial de 1%, acrescida de um "prémio extraordinário" de 0,5% relativo a 14 meses (a ser pago no final do ano), que os trabalhadores já decidiram aceitar apesar de estar muito aquém dos pretendidos 4%.
"Mas, em contrapartida, continua a insistir na criação das escalas de reforço", que os trabalhadores rejeitam, disse.
Segundo o sindicalista, os funcionários do centro de produção de Águas de Moura, na Marateca (Setúbal) -- onde atualmente trabalham cerca de 120 pessoas -- discordam da proposta de reforço nas escalas do pessoal por considerarem que", "na prática, é flexibilidade, que já fazem, mas que não aceitam que passe a escrito".
Contudo, afirmou, "a empresa ficou de reavaliar a situação" até segunda-feira, estando em cima da mesa a hipótese de se assinar um acordo que deixe em aberto até 2015 as negociações relativamente às escalas de reforço.
"Continuamos disponíveis para assinar o acordo", afirmou Eduardo Florindo, alertando que, na falta deste, "a tendência é que o conflito aumente".
Segundo adiantou à Lusa, "se até lá a empresa não mudar de posição", estão já marcados dois plenários para a noite do dia 15 e para a manhã do dia 16, para que os trabalhadores "discutam novas formas de luta".
Até ao momento, os trabalhadores têm recorrido à greve ao trabalho suplementar e em dia feriado para reivindicar melhores condições salariais.
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