Paulo Rangel afirma que "há uma certa desorientação no PS"
Porto Canal / Agências
Paulo Rangel, cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP às próximas eleições europeias, considerou hoje que existe "uma certa desorientação no PS", falando em "situações irónicas que os socialistas têm de esclarecer".
"Não deixa de ser irónico que no dia de hoje, em que o candidato à Comissão Europeia apoiado pelo Partido Socialista visita Portugal, seja o dia em que Mário Soares publica um artigo num jornal diário a tecer rasgados elogios a Jean Claude Juncker, o candidato que nós 'Aliança Portugal' apoiamos. Vê-se que no PS existe uma certa desorientação", comentou Paulo Rangel.
O candidato social-democrata também apontou contradições a António José Seguro, líder do PS: "É importante que Martin Schulz (candidato dp Partido Socialista Europeu à Comissão Europeia) seja confrontado se subscreve as propostas de António José Seguro sobre a mutualização da dívida e subsídio de desemprego. Pelo que tenho visto Schulz tem várias vezes desmentido António José Seguro, e até já lhe deu um puxão de orelhas".
"Quais são afinal as propostas do PS para Europa?", questionou Paulo Rangel.
O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP comentou este tema à margem de uma vista à Agros - União das Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes -, em Vila do Conde, onde ouviu algumas preocupações dos produtores região.
"As principais preocupações que registei prendem-se com o final das quotas leiteiras, em março de 2015, que é um dossier conhecido e que tem de ser trabalhado para ver como o podemos contornar. Falamos, também, do envelhecimento dos produtores de leite, algo que pode ser um perigo o setor a médio longo prazo, porque os jovens sentem muitas dificuldades em conseguir apoios para investirem", afirmou Paulo Rangel.
Neste âmbito, o social-democrata considerou fundamental ouvir no terreno as preocupações e pretensões dos produtores.
"É algo que já temos feito neste setor, mas teremos de fazê-lo para mais actividades. Não há duvida que a única forma de prevenir medidas com impactos fortes para economia é ouvir as pessoas dos sectores que estão no terreno", considerou.