PSD/Porto diz que saída limpa é "excelente notícia para o Norte"
Porto Canal / Agências
Porto, 05 mai (Lusa) -- A distrital do PSD/Porto considerou hoje "uma excelente notícia para a região Norte" a decisão do governo de sair do programa de resgate financeiro sem qualquer programa cautelar.
Para o presidente Virgílio Macedo, esta "saída limpa, permitirá um maior "conforto" às empresas exportadoras "que se situam na sua maioria na região Norte do país", já que sentirão "menores constrangimentos ao seu financiamento".
"Esta decisão por parte do governo é uma excelente notícia para a região Norte, porque é sinal que existe um quadro de estabilidade em termos de objetivos orçamentais, que irá possibilitar que, no médio e longo prazo, continue a haver sustentabilidade e financiamento à economia portuguesa", assinalou o social-democrata.
Virgílio Macedo disse ainda estar "certo que novos investimentos poderão sair da gaveta, porque existe um quadro de estabilidade política em Portugal que é relevante e que é fundamental".
A saída sem programa cautelar representa também "uma excelente notícia para a economia da cidade" do Porto, "uma metrópole cuja vida económica é à volta de microempresas, de empresas familiares, no ramo da indústria, do comércio, que são as mais penalizadas quando existem instabilidades no mercado financeiro".
"Este sinal que é dado pelo governo português é um sinal que irá permitir que os mercados reforcem a confiança que têm no país e, nesse sentido, o que se pode perspetivar, é uma estabilização e continuação de uma trajetória descendente do custo do financiamento do país, dos bancos e, em consequência, das microempresas", frisou.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou domingo que o país não vai pedir um programa cautelar, optando por seguir o exemplo da Irlanda e terminar o resgate com uma 'saída limpa', mas, na prática, o país vai continuar a receber os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia duas vezes por ano.
"A decisão tomada de saída do nosso programa de ajustamento, sem qualquer programa cautelar, embora tenha inerente alguns riscos, é mais uma decisão corajosa tomada pelo governo português, e idêntica às inúmeras decisões exigentes e difíceis que este teve que tomar nestes últimos três anos", destacou o presidente da distrital do Porto.
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