António Costa afasta passar para as 15:00 início do recolher obrigatório no fim de semana

| Política
Porto Canal com Lusa

O primeiro-ministro rejeitou hoje passar o recolher obrigatório das 13:00 para as 15:00 nos dois próximos fins de semana, como defende o setor da restauração, alegando que essa medida visa precisamente travar convívios sociais ao almoço.

Atualizado 11-11-2020 13:46

"Isto é duro de dizer, mas temos mesmo de evitar esses grandes convívios à hora de almoço e daí a decisão de limitar às 13:00" o período de abertura da generalidade dos estabelecimentos comerciais dos concelhos com maior incidência de covid-19, respondeu António Costa.

Falando aos jornalistas depois de ter recebido em São Bento o líder da Confederação Europeia de Sindicatos (CES), Luca Visentini, o primeiro-ministro referiu que, quando o seu executivo definiu o calendário das medidas de limitação de circulação a aplicar nos concelhos mais atingidos pela epidemia, "ponderou muito bem se devia ser às 13:00 ou às 15:00" a hora limite.

"Não foi por acaso que escolhemos as 13:00, porque temos precisamente em conta aquilo que todos os inquéritos epidemiológicos nos dizem: 68% das transmissões estão a correr neste momento em momentos de convívio familiar e social", justificou o líder do executivo.

Perante os jornalistas, António Costa referiu que os restaurantes poderão funcionar em regime de entregas ao domicílio e adiantou ter "consciência de que a restauração será um dos setores mais atingidos por esta crise".

"O setor da restauração não pode antecipar eventos", ao contrário de competições desportivas ou dos espetáculos, "que estão a ser antecipados para poderem terminar a tempo de as pessoas chegarem a casa", referiu.

António Costa observou que "as pessoas podem adiar a compra de uma camisa ou de uma calças, mas uma refeição não é adiável".

"Percebo que estas medidas vão ter para os restaurantes um impacto duríssimo. É um setor que já tem sofrido muito ao longo do ano e, por isso, estamos a preparar medidas especiais para este setor. Essas medidas serão hoje ou na quinta-feira anunciadas" pelo ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, acrescentou o primeiro-ministro.

+ notícias: Política

Presidente da República apela a solidariedade institucional que garanta estabilidade em 2025

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou para a necessidade de solidariedade institucional e cooperação estratégica em 2025, que garanta que o país tem estabilidade e previsibilidade.

As reações dos partidos à mensagem de Ano Novo do Presidente da República

Após a tradicional mensagem de Ano Novo do presidente da Presidente da República, os partidos com assento parlamentar reagiram às palavras de Marcelo Rebelo de Sousa. O PSD assinala “especial sintonia” entre mensagens de PR e PM, o PS partilha das preocupações de Marcelo mas não confia no Governo para as resolver. Já o Chega queria ter ouvido falar de saúde e insegurança, o Iniciativa Liberal critica "grande ausência" da reforma do Estado, o Bloco de Esquerda estranha que PR esqueça saúde e educação públicas, habitação e “genocídio” em Gaza. Já o PCP diz que é preciso "paz e cooperação", o Livre classifica a mensagem como "muito derrotista", o PAN espera que Montenegro dê ouvidos a "recados" de PR e o CDS diz que é fundamental haver triunfo do bom senso.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.