Muito se fez devido à Revolução de Abril, mas falta outro tanto - presidente da CEP

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Porto Canal / Agências

Fátima, 29 abr (Lusa) -- O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Clemente, afirmou hoje que muito se fez no país devido à Revolução de 25 de Abril de 1974 para responder a lacunas da sociedade portuguesa, mas falta outro tanto.

Ao discursar na abertura da assembleia plenária da CEP, que decorre até quinta-feira em Fátima, Manuel Clemente referiu-se ao 40.º aniversário da Revolução de Abril, considerando que, quer no programa do Movimento das Forças Armadas, quer na Constituição de 1976, se encontra "uma geral consonância" com a Carta Pastoral dos bispos portugueses de 04 de maio de 1973.

A carta, de que o patriarca de Lisboa citou um excerto, refere que a Igreja não pode "permanecer indiferente perante múltiplas situações de injustiça que impedem o correto desenvolvimento dos homens", como "a condição infra-humana em que tantos vivem, diminuídos por graves carências alimentares, habitacionais, sanitárias, de emprego, educacionais e culturais".

O documento aponta, também, "a existência de limitações, não raro injustificadas, ao pleno exercício dos direitos e garantias fundamentais das pessoas e dos grupos" ou "a expansão de uma economia que não está ao serviço de todos e cujo móbil primário é o lucro" e, ainda, "a oferta e aceitação de condições de trabalhos despersonalizantes, nas quais o homem é equiparado à máquina, com prejuízo da sua capacidade criadora".

Para Manuel Clemente, "sendo verdade que os bispos portugueses tinham bem presente a situação do país em 1973", há que concluir, agora em 2014, que "muito se fez entretanto e na esteira da Revolução de Abril para responder às lacunas referenciadas".

"Mas ainda faltará outro tanto, para que sejam definitivamente ultrapassadas aquelas e outras que sobrevieram, no atual condicionalismo socioeconómico e cultural", disse Manuel Clemente, acrescentando: "A nossa gratidão aos obreiros da democracia portuguesa tem de acrescentar-se com o empenho permanente no seu reforço, em tudo e para todos".

Da agenda da 184.ª assembleia plenária, que inclui a realização de eleições para os órgãos da CEP ou a aprovação de uma nota pastoral sobre o voto nas eleições europeias, o patriarca de Lisboa destacou a reforma dos manuais de Educação Moral e Religiosa Católica.

"Também por esta via pedagógica, desejamos colaborar na construção de uma sociedade que, sendo plural, deve contar com a contribuição de cada uma das partes que inclui, mormente quando se trata do legado vivo da tradição católica, tão presente na vida nacional e decerto das gerações passadas para as presentes e futuras", adiantou Manuel Clemente.

No discurso, Manuel Clemente recordou, ainda, os pontificados de João XXIII e João Paulo II, canonizados no último domingo, em Roma, e lembrou Joaquim Gonçalves, que foi bispo de Vila Real, e o cardeal José Policarpo, patriarca de Lisboa e presidente da CEP "em vários e marcantes mandatos", recentemente falecidos.

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