Covid-19: Proteção Civil do Porto prepara espaços de retaguarda para negativos e positivos
Porto Canal com Lusa
A Comissão Distrital de Proteção Civil do Porto, em articulação com a tutela, vai preparar "se possível já no fim de semana" dois espaços no distrito para acolher, separadamente, casos positivos e negativos covid-19, revelou hoje o presidente.
Em declarações à agência Lusa, Marco Martins revelou que "esta decisão já gerou um apelo lançado a todas as autarquias do distrito ao qual o Porto, Gondomar e Valongo responderam afirmativamente, tendo identificado espaços nos seus territórios".
"Definimos uma estratégia para começar a preparar respostas em massa para o que se prevê que pode vir a acontecer", descreveu o presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil do Porto.
Marco Martins, que é também presidente da câmara de Gondomar, explicou que em causa estão "pelo menos dois espaços", sendo um para casos positivos, sem retaguarda, e um para negativos, quando existir necessidade de separação de núcleos ou agregados.
"Nesta fase mais complicada e com a aproximação do inverno, as soluções não podem passar por pavilhões. Procuramos estruturas com quartos e separação física", disse o autarca.
O repto lançado às autarquias seguiu após a reunião que ocorreu na segunda-feira e que juntou na Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) a Comissão Distrital de Proteção Civil do Porto, o comandante distrital de Proteção Civil, representantes da Segurança Social e os presidentes dos Hospitais de Santo António e o de São João, bem como o secretário de Estado com a coordenação das políticas anti-covid no Norte, Eduardo Pinheiro.
"Agora é a tutela, o senhor secretário de Estado, quem está a definir como os espaços funcionarão ao nível de recursos humanos. A vontade é começar a pôr os espaços operacionais durante o próximo fim de semana. Queremos montar tudo com a urgência possível. Ainda não foram decididos quais [os espaços]", descreveu Marco Martins.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.117 pessoas dos 91.193 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.