Confederação do Turismo diz ser "imprescindível" manter consolidação
Porto Canal / Agências
Lisboa, 21 abr (Lusa) -- O presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), Francisco Calheiros, disse hoje ao Governo ser "imprescindível" manter a consolidação orçamental, quer exista ou não programa cautelar na sequência do Programa de Assistência Económica e Financeira.
Numa nota enviada à Lusa depois da reunião de hoje em sede de Concertação Social, no âmbito da 12.ª avaliação da 'troika' a Portugal, que começa na terça-feira, Francisco Calheiros afirmou que "a CTP evidenciou a necessidade de, com ou sem programa cautelar, ser imprescindível prosseguir a política de consolidação orçamental e de reformas estruturais".
No entanto, a CTP "defendeu igualmente que o Governo não poderá deixar de revisitar os temas da fiscalidade no turismo, nomeadamente, o IVA na restauração e do golfe".
Para além disso, a confederação referiu ser necessário diminuir "os custos de contexto para permitir a competitividade das empresas e consequente criação de emprego".
Os parceiros sociais criticaram hoje a ausência de respostas por parte do Governo sobre a forma de saída de Portugal do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, que termina em maio.
Esta posição foi assumida pelas confederações sindicais - UGT e CGTP - e pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), ao fim de duas horas de uma reunião em sede de Concertação Social, no âmbito da décima segunda avaliação da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) a Portugal, que começa na terça-feira.
"Fomos confrontados com uma interpretação de caráter genérico, sem qualquer conteúdo específico. Não sabemos qual é a opção do Governo em relação ao tipo de saída e não sabemos quais as opções do Governo em relação à Segurança Social, não nos foi respondido sobre se haverá descida ou aumento de impostos, foi-nos dada alguma expectativa de que a Concertação Social iria ter um papel relevante no futuro, mas eu diria que foi uma reunião bastante dececionante", considerou o presidente da CCP, João Vieira Lopes.
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