Covid-19: Costa revê-se "totalmente na síntese" de Marcelo sobre reunião do Infarmed

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 25 jun 2020 (Lusa) -- O primeiro-ministro, António Costa, garantiu hoje que se revê totalmente na síntese "absolutamente correta" feita na quarta-feira pelo Presidente da República sobre a reunião com os especialistas no Infarmed.

Na conferência de imprensa realizada hoje após o Conselho de Ministros que tomou um conjunto de medidas para a continuidade do desconfinamento devido à covid-19, António Costa foi questionado pelos jornalistas sobre as visões contraditórias apresentadas no final da reunião com especialistas de quarta-feira e sobre o PSD, no final desse encontro, ter falado de uma "segunda onda" da pandemia a atingir Área Metropolitana de Lisboa.

"As sessões do Infarmed têm sido amplamente participadas e a síntese tem sido feita sempre pelo senhor Presidente da República. E eu nenhum reparo tenho a fazer à síntese feita pelo senhor Presidente da República que foi absolutamente correta e revejo-me totalmente na síntese que fez", salientou.

Sobre a possibilidade de uma "segunda onda", o primeiro-ministro começou por referir que "nas últimas semanas tem-se verificado um aumento do número de novos casos que têm vindo a ser reportados".

"Se isso constitui uma nova onda ou simplesmente uma variação que vai ter uma diminuição rápida, enfim, os próximos dias o dirão, é uma questão de aguardar para ver qual é a dinâmica que temos", afirmou.

Designadamente quanto à explicação da especificidade da situação em Lisboa e Vale do Tejo, de acordo com António Costa, "efetivamente, até agora, não se obteve uma resposta concludente" por partes dos especialistas.

Sobre as reuniões no Infarmed, o chefe do executivo socialista explicou que estas "não são propriamente para tirar conclusões", mas sim para ouvir um "painel variado de especialistas" que "fornece a melhor opinião que tem sobre um conjunto de matérias" e onde, "muitas vezes, nem entre eles, há coincidência de pontos de vista".

"O que aliás é natural e nós temos que ter alguma atenção para com os cientistas, não podendo pedir aos cientistas que nos respondam o que eles ainda não estão em condições de saber. Este vírus é muito recente", lembrou.

Um vez que o "desconhecimento sobre o vírus é ainda grande", de acordo com António Costa "há uma espécie de investigação em tempo real em laboratório aberto em que nós todos estamos a participar e onde os cientistas vão obtendo conhecimento".

"Há opiniões divergentes, há opiniões contraditórias, há opiniões que evoluem", sintetizou.

O PSD citou na quarta-feira técnicos de epidemiologista da Direção Geral da Saúde (DGS) para advertir que há "uma segunda onda" da covid-19 na Área Metropolitana de Lisboa, com aumento dos internamentos e dos doentes em cuidados intensivos.

No final da mesma reunião, o Presidente da República afastou um cenário de descontrolo da propagação da covid-19 em Portugal, afirmando que os números não mostram isso, e fez um apelo a que se use mais máscara no espaço público.

JF (PMF/IEL) // JPS

Lusa/fim

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