PSD e CDS de Estarreja exigem demissão da administrador hospitalar
Porto Canal
O PSD e o CDS de Estarreja exigiram hoje, numa conferência de imprensa conjunta, a demissão do presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV).
Tal como o presidente da Câmara de Águeda, o socialista Gil Nadais, agora é a vez dos autarcas e candidatos a autarcas da coligação PSD/CDS de Estarreja reclamarem a demissão de José Abrantes Afonso.
As estruturas de Estarreja do PSD e do CDS questionam o desempenho de José Abrantes Afonso, que encerrou as contas de 2012 "com 12 milhões de prejuízo e 43 milhões de capitais próprios negativos. Acusam-no, sobretudo, de ter uma postura "arrogante" e de "sobranceria", ao determinar o fecho da Cirurgia de Ambulatório no Hospital Visconde de Salreu, em Estarreja.
A medida já figurava na proposta de Plano Estratégico do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, apresentada aos autarcas por José Abrantes Afonso, mas o PSD e o CDS de Estarreja consideram que o documento "ainda não foi discutido com os parceiros sociais" e sublinham que o contributo dado pelas autarquias está a ser ignorado.
Segundo Diamantino Sabina, autarca e candidato à Câmara de Estarreja pela coligação PSD/CDS, o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar "não responde aos pedidos de reunião e determinou que, a partir de 01 de julho, aquele serviço seja transferido" para o Hospital de Águeda.
"Temos razões de sobra para crer que é uma péssima opção: esta unidade foi classificada como uma das quatro melhores do país, após serem feitas obras no Hospital de Estarreja para adaptar as instalações à Cirurgia de Ambulatório, que agora encerra. É um desperdício de recursos", disse Diamantino Sabina.
A justificação que encontra para a decisão é ser "um rebuçado para tentar calar os protestos de Águeda por retirarem para Aveiro a Ortopedia", pelo que o PSD e o CDS de Estarreja decidiram "acompanhar a iniciativa de Gil Nadais e promover uma petição pública para que seja demitido o presidente do conselho de administração".
Vai ainda ser convocada uma assembleia municipal extraordinária para debater a situação do Hospital Visconde de Salreu, que "tem vindo a ser esvaziado de valências, tornando-o insustentável".
Não foi ainda possível à agência Lusa obter uma reação do presidente do CHBV.