Codiv-19: Doce fálico inspirou grupo que exorta Amarante a "levantar-se de novo"

| Norte
Porto Canal com Lusa

Amarante, Porto, 22 abr 2020 (Lusa) - A forma fálica de um doce de Amarante animou dois amigos que, em tempo de pandemia de codiv-19, criaram um movimento nas redes sociais e nas ruas que exorta a população a "levantar-se de novo".

A principal "janela" do movimento está numa página do Facebook, já com mais de sete mil seguidores, cuja imagem de perfil é o doce fálico ligado à tradição casamenteira de São Gonçalo, o padroeiro da cidade.

Há cerca de um mês, os amigos João Brás, de 34 anos, e Abel Rodrigues, de 32, ambos profissionais liberais preocupados com as consequências do confinamento na economia devido ao novo coronavírus, puseram "mãos na massa" e lançaram a ideia, que rapidamente foi seguida por milhares de pessoas.

Inicialmente, pensava-se criar uma lona para pôr no centro histórico da cidade, como mensagem de esperança para o futuro. Logo a seguir, contou à Lusa Abel Rodrigues, um dentista de Amarante, que teve de fechar o seu consultório devido à pandemia, sugeriu a ideia de lançar um grupo no Facebook, que exponenciou a mensagem rapidamente.

O grupo chama-se "We Will Rise |Vamo-nos Levantar #Amarante" e conta já com milhares de visualizações. A maioria dos seguidores é de Amarante, mas também os há na Suíça, França, Alemanha, Reino Unido e Angola.

Nas últimas semanas, o grupo distribuiu cerca de mil máscaras em instituições de solidariedade e compilou as lojas que se mantêm abertas na cidade.

Mais recentemente, colocou máscaras em estátuas de figuras ilustres de Amarante, como Teixeira de Pascoaes e António Cândido, para incentivar a população a usar aquele tipo de proteção.

No grupo da rede social são transmitidas atividades de ginástica, dança, concertos, literatura e até a missa pascal celebrada pelo pároco de São Gonçalo não foi esquecida.

A página apresenta uma agenda cultural semanal de atividades para os subscritores acompanhar.

Em tempo de pandemia, com a cidade vazia, sem a agitação dos turistas, um consultório virtual, com vários especialistas de saúde, tem respondido a questões suscitadas e dúvidas pelos subscritores.

Abel Rodrigues explica o sucesso do movimento com o "forte sentido de comunidade das pessoas de Amarante", que vê naquela ferramenta "uma forma de se manifestar" e de partilha.

Defende, por isso, que o grupo deve manter-se quando a pandemia passar, como forma de ajudar Amarante a "levantar-se de novo", inspirada no doce fálico, um símbolo acarinhado pelos residentes, mas também pelos milhares forasteiros que costumam visitar a cidade.

APM // MSP

Lusa/fim

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