Covid-19: Centros de retaguarda de Vila do Conde com 400 camas prontos a funcionar
Porto Canal com Lusa
Os quatro centros de retaguarda, equipados com 400 camas, que a Câmara Municipal de Vila do Conde preparou para responder à pandemia de covid-19, estão a partir de hoje prontos para receberem pessoas que precisem de apoio.
Os equipamentos, distribuídos pelo concelho, podem ser ativados em situação de emergência para cidadãos que necessitem de retaguarda, com especial incidência para a população mais idosa, institucionalizada em lares ou residências.
"Poderão dar resposta a pessoas que estejam infetadas e que precisem de ser isoladas, a munícipes que tenham de cumprir quarentena, a grupos de riscos que precisem de ser protegidos ou até para profissionais de saúde que queiram ter um local para pernoitar. Os quatros centros têm características distintas para dar essas respostas", explicou Elisa Ferraz, presidente da autarquia, à Agência Lusa.
Os centros, que vão funcionar no Pavilhão de Desportos de Vila do Conde, no Pavilhão do Parque de Jogos, no Centro Juvenil de Campanhã e na Colónia de Férias de Árvore, já foram validados pela Autoridade de Saúde Local e serão servidos por equipas de profissionais de saúde, da Segurança Social e da Câmara Municipal que serão recrutados através de uma intervenção coordenada pela autarquia.
A Câmara Municipal irá, ainda, manter o programa 'Estamos Aqui' que tem garantido ajuda social e apoio psicológico à população, e ativou um banco alimentar de retaguarda para dar suporte a eventuais necessidades no reforço de bens essenciais.
Foi ainda revalidado o regulamento municipal de atribuição de subsídios a pessoas ou famílias em emergência social, e reforçado o apoio financeiro e logístico às Juntas de Freguesia, Instituições de Solidariedade Social e forças de proteção e segurança
No âmbito da Educação, foi feito um levantamento, junto dos agrupamentos escolares locais, das necessidades no que toca às refeições e ao material informático.
Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 02 de março, o último balanço da DGS indicava 629 óbitos entre 18.841 infeções. Entre esses doentes, 1.302 estão internados em hospitais, 493 já recuperaram e os restantes convalescem em casa ou noutras instituições.
A 19 de março, o Governo decretou o estado de emergência em todo o país, o que vigorará até às 23:50 do dia 02 de maio.