Covid-19: Sindicato diz que enfermeiros são insuficientes e exige contratos sem termo

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 26 mar 2020 (Lusa) - O Sindicatos dos Enfermeiros Portugueses (SEP) defendeu hoje ser "extremamente insuficiente" o número de profissionais que os hospitais se propõem contratar para fazer face à pandemia de covid-19 e exigiu que sejam feitos contratos sem termo.

De acordo com o sindicato é também "extremamente reduzido" o número de enfermeiros que aceitam ocupar postos de trabalho na atual situação epidemiológica, com "a conhecida ausência de condições seguras de prestação de cuidados e com as condições contratuais propostas (contrato a termo de quatro meses".

O SEP considerou, em comunicado, que os contratos por quatro meses autorizados pela tutela se revelaram "um obstáculo".

No âmbito da situação de emergência de saúde pública o Governo legislou um "regime excecional em matéria de recursos humanos", possibilitando a contratação de trabalhadores pelo período de quatro meses renováveis por iguais períodos de tempo, indica o sindicato.

"A ministra da Saúde delegou nos dirigentes máximos, órgãos de direção ou órgãos de administração a contratação de trabalhadores tendo em vista o reforço de recursos humanos necessário à prevenção, contenção, mitigação e tratamento da pandemia covid-19", lê-se no documento, em que o sindicato critica a forma como o processo está a desenvolver-se e dá conta de uma carta enviada a Marta Temido.

O SEP exigiu, desta forma, que aos enfermeiros atualmente a exercerem funções em "regime de substituição" seja estabelecido um contrato de trabalho por tempo indeterminado.

A mesma medida é exigida para os enfermeiros a recrutar.

A estrutura sindical pretende ainda que sejam criadas condições que agilizem os processos de contratação pelas instituições do setor público administrativo, designadamente administrações regionais de saúde e instituições hospitalares.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480.000 pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 22.000 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com quase 260.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos. Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais: 7.503 mortos em 74.386 casos registados até quarta-feira.

Em Portugal, registaram-se 60 mortes, mais 17 do que na véspera (+39,5%), e 3.544 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 549 novos casos em relação a quarta-feira (+18,3%).

Dos infetados, 191 estão internados, 61 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

AH // HB

Lusa/fim

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