Dia do Estudante com um funeral, modelos nús e mensagens nas redes sociais

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Porto Canal com Lusa

Mais de meio século depois da crise estudantil, os alunos voltam na segunda-feira a sair à rua para celebrar o Dia do Estudante, exigindo mais qualidade e financiamento do ensino superior.

Promulgado pela Assembleia da República em 1987, o Dia Nacional do Estudante comemora-se a 24 de março como forma de relembrar as dificuldades e obstáculos que os alunos enfrentaram na década de 60, aquando da crise académica vivida em Portugal.

Atualmente, as associações académicas aproveitam a efeméride para alertar para os problemas do ensino e apelar à participação e mobilização de todos em defesa de uma educação de qualidade.

Na segunda-feira, estudantes de todo o país desenvolvem ações e iniciativas reivindicativas: No Porto, por exemplo, os alunos de Belas Artes vão desenhar o modelo nú em frente à sua faculdade, enquanto em Aveiro, se realiza o "funeral do Ensino Superior".

Na Universidade do Minho, em Braga, a associação académica lançou a campanha "Não te cales! Manifesta a tua opinião», em que cada aluno pode enviar uma mensagem sob a importância da Educação e do Ensino Superior, os seus problemas e possíveis soluções.

O objetivo é "dar voz aos estudantes" e "sensibilizar a opinião pública para os constrangimentos que os afetam durante o seu percurso académico", explica a associação académica que pretende divulgar as mensagens nas redes sociais no dia 24 de março.

Em Coimbra, os estudantes vão concentrar-se no Largo D. Dinis para o "Mural das Reivindicações". Já em Lisboa, o dia é celebrado no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa ISEL.

No último Encontro Nacional de Direções Académicas, as associações decidiram reunir em livro os principais problemas do ensino superior e as suas reivindicações, que agora irão entregar a responsáveis da Presidência da República, Governo e Instituições de Ensino Superior, como forma de comemorar os 52 anos do Dia do Estudante.

A proibição da realização do Dia do Estudante, em 1962, levou milhares de alunos das universidades de Lisboa, Coimbra e Porto a manifestarem-se contra a falta de liberdade. Durante 100 dias, os estudantes conseguiram abalar o regime de Salazar, participando em plenários organizados pelas associações estudantis.

Os episódios de detenções e cargas policiais repetiam-se, mas não tinham o efeito desejado. Em maio, uma greve de fome culminou com a prisão para centenas de estudantes que estavam reunidos na Universidade de Lisboa.

A luta "foi uma genuína revolta dos estudantes portugueses contra a falta de liberdade, um movimento que abalou muito o regime", contou Isabel do Carmo, que acredita que "as lutas dos estudantes em todo o mundo, seja em que época for, abalam muito os regimes".

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