RSI cortado de forma indevida por filhos receberem pensão de alimentos

| País
Porto Canal / Agências

Lisboa, 22 abr (Lusa) -- O Observatório dos Direitos Humanos concluiu que a Segurança Social cortou indevidamente o Rendimento Social de Inserção (RSI) no caso de uma mulher cujos filhos menores começaram a receber pensão de alimentos do pai.

Segundo um relatório do Observatório, a que a agência Lusa teve acesso, a mulher, vítima de violência doméstica, começou a receber o RSI em fevereiro do ano passado e, em abril, foi decidido judicialmente a atribuição de alimentos aos filhos menores, no montante de 130 euros cada.

Em agosto, recebeu uma notificação da Segurança Social indicando que cessava o RSI por "ter-se verificado que os rendimentos do conjunto do agregado familiar (...) passaram a ser superiores ao valor do RSI".

Depois de analisar a queixa feita em outubro do ano passado, o Observatório dos Direitos Humanos concluiu agora que a Segurança Social cortou o RSI com fundamento inconstitucional.

De acordo com o Observatório, não é possível considerar que a pensão de alimentos recebida pelos filhos menores seja um rendimento da queixosa e nem sequer do seu agregado familiar, mas sim apenas dos seus filhos.

O RSI "é uma prestação que visa garantir situações em que nenhum outro apoio é prestado ou é suficiente", refere o Observatório, adiantando que a decisão de suspender o subsídio constituiu uma violação do direito à segurança social.

"Deve afirmar-se a inconstitucionalidade da norma que sustenta a decisão de cessação da prestação do RSI à queixosa, por se amparar numa visão de conjunto que prejudica a intrínseca subjetividade do direito fundamental à segurança social, à revelia do Estado de Direito Social", conclui o relatório do Observatório.

O Observatório dos Direitos Humanos pretende contribuir para a denúncia das violações dos direitos fundamentais em Portugal, bem como para a proteção e promoção dos direitos humanos.

ARP // CC

Lusa/fim

+ notícias: País

Montenegro quer português como língua oficial da ONU até 2030

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, quer que os países parceiros na CPLP alinhem posições para que o português seja reconhecido como língua oficial das Nações Unidas até 2030, considerando que "seria um justo reconhecimento".

Sindicato dos Profissionais de Polícia repudia comunicado do MAI sobre remunerações

O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) reiterou que não aceitará qualquer tentativa de induzir os cidadãos em erro, nem de discriminação dos polícias, numa reação ao comunicado emitido no sábado pelo Ministério da Administração Interna (MAI).

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".