Propinas e cortes nas bolsas são as principais queixas dos estudantes de Coimbra

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Porto Canal / Agências

Coimbra, 19 mar (Lusa) - O valor das propinas e os cortes nas bolsas são as principais queixas que os estudantes apresentaram hoje durante uma ação promovida pela Associação Académica de Coimbra (AAC), que decorre até quinta-feira.

A AAC aponta para "mais de 500 queixas" recolhidas na iniciativa realizada à hora de almoço nas cantinas da Faculdade de Desporto, do Polo I e do Polo III da Universidade de Coimbra, disse Ricardo Morgado, presidente da associação, prevendo que "as mensagens positivas sobre o ensino superior ou são muito reduzidas ou mesmo nulas".

As reivindicações recolhidas nos dois dias serão "tratadas graficamente para estarem presentes nas redes sociais", assim como em murais que serão expostos no dia 24 de março, Dia do Estudante, disse à agência Lusa o dirigente estudantil.

Para o presidente da direção-geral da AAC, "não é surpreendente que os estudantes estejam conscientes dos problemas que o snsino superior atravessa".

"A falta de participação ou de mobilização dos estudantes não quer dizer que estes não tenham uma opinião clara sobre a situação atual", sendo as queixas recolhidas "uma prova disso mesmo", defendeu.

Segundo Ricardo Morgado, a iniciativa, que continua na quinta-feira no Polo II e nas Faculdades de Economia e de Psicologia, pretende também "sensibilizar os estudantes a serem mais ativos".

As queixas, para além de ficarem visíveis na segunda-feira em "murais de reivindicações", serão compiladas juntamente com as recolhidas noutras associações do país e transformadas num livro, que será entregue na Assembleia da República, Ministério da Educação, Presidência da República e instituições do Ensino Superior, referiu o dirigente estudantil.

Pedro Silva, coordenador do pelouro de Pedagogia da AAC, que andou a recolher opiniões de estudantes no Polo I da UC, contou à Lusa que os estudantes "estão cada vez mais conscientes dos problemas que o Ensino Superior atravessa" pelos "seus próprios problemas ou por conhecerem amigos que abandonaram o ensino superior por dificuldades financeiras".

Nas queixas recolhidas por Pedro Silva e outros elementos da AAC e de núcleos de estudantes, podia ler-se exigências de "mais bolsas", "melhor integração no mercado de trabalho", "mais condições" nas salas de aula, "mais qualidade na comida das cantinas", assim como críticas a um ensino superior "onde já só os ricos podem estudar" e "sectário e elitista".

JYGA // SSS

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