Conselho Geral da Universidade do Porto rejeita aumentar valor das propinas

Conselho Geral da Universidade do Porto rejeita aumentar valor das propinas
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O Conselho Geral da Universidade do Porto decidiu hoje não aumentar a propina dos atuais 999 euros para 1.037 em 2014/15, contrariando assim a proposta da reitoria, apesar de ter "consciência das dificuldades económicas" das instituições de Ensino Superior.

"[O Conselho Geral] decidiu não aumentar o valor das propinas dos estudantes. Fê-lo com consciência das dificuldades crescentes, no plano económico e financeiro, que atravessam as universidades portuguesas, incluindo a Universidade do Porto", diz, em comunicado, o Conselho Geral.

A proposta de aumento das propinas, que era o principal ponto da reunião do Conselho Geral, foi rejeitada por unanimidade.

"A Universidade do Porto está sediada numa região do país com graves problemas sociais em que o desemprego, a quebra do rendimento das pessoas e outros custos sobre os estudantes e suas famílias têm particular gravidade", acrescenta o comunicado.

Desta forma, este organismo diz "recusar projetar sobre os estudantes o custo das propinas o ónus de cortes que foram impostos às Universidades", admitindo, no entanto, que esta decisão poderá resultar numa "gestão ainda mais difícil do orçamento" das instituições de Ensino Superior.

Hoje, o Conselho Geral da Universidade do Porto decidiu também, e em complemento à recusa de aumento de propinas, realizar um estudo sobre o peso da situação económica e social dos estudantes e suas famílias no abandono da universidade.

É ainda intenção deste organismo, conclui a nota, proceder a uma revisão da eficácia dos apoios sociais concedidos pela Universidade".

Na quarta-feira, também a Federação Académica do Porto (FAP) tinha apelado a que a proposta de aumento de propinas fosse rejeitada.

Numa carta enviada ao Conselho Geral, a FAP classificava de "obsoleto" o atual sistema de ação social e apresentava "números que relacionam aumento do valor da propina com aumento do abandono escolar".

"A percentagem de abandono aumentou em todos os anos em que ocorreram alterações legais nas responsabilidades financeiras dos estudantes perante o sistema", referia a carta da FAP.

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