OE2020: Chega traça quatro "linhas vermelhas" para aprovar documento

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 17 dez 2019 (Lusa) - O deputado único do Chega admitiu hoje viabilizar o Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) caso quatro das suas "linhas vermelhas" sejam respeitadas pelo Governo do PS e incluídas na versão final do documento.

"O orçamento apresentado fica, numa primeira análise, muito aquém daquilo que era necessário, indo até em alguma contradição com o programa de Governo apresentado pelo primeiro-ministro na Assembleia da República. O Chega não definiu ainda o seu sentido de voto final", afirmou André Ventura, reclamando a atribuição de um subsídio de risco para as forças de segurança, de um subsídio de alojamento para os professores, a revisão de carreiras e atribuição de suplementos para os profissionais de saúde e a reversão da progressividade do IRS para não levar à perda do poder de compra dos contribuintes.

O tribuno da extrema-direita respondia a perguntas dos jornalistas após audiência no Palácio de Belém com o Presidente da República sobre a proposta governamental de Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), que foi entregue segunda-feira na Assembleia da República.

"Há aqui uma contradição entre um orçamento que tem, aparentemente, um superavit, que vive um momento de aumento na dinâmica económica externa e, ao mesmo tempo, faz os seus cidadãos perderem poder de compra. O Chega não definiu ainda o seu sentido de voto. Apresentará estas propostas, relativamente a estes setores e a esta preocupação fiscal, e veremos qual a resposta do Governo, quer em matéria de generalidade, quer em matéria de especialidade", declarou.

Segundo Ventura, "está tudo em cima da mesa", pois "o Chega não veio para fazer claque, veio para resolver os problemas das pessoas".

"As medidas que sejam positivas, sejam apresentadas pela esquerda, pela direita, pelo centro, pelo PAN, cá estaremos para as viabilizar", garantiu.

A comitiva do Chega, além de André Ventura, incluiu os seus vice-presidentes Pacheco Amorim, Nuno Pinto Afonso e José Dias.

"Se o PS, o Governo, prefere depois dizer que fomos incoerentes e viabilizamos o Orçamento do Estado (OE) do PS, se a direita nos vai acusar de viabilizar o OE do PS, eu prefiro dormir com isso e saber que os polícias, os professores, os médicos e os enfermeiros passaram a ter uma vida melhor, honestamente", concluiu.

HPG // JPS

Lusa/Fim

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