Casos mediáticos da habitação desde o 25 de Abril na Bienal de Arquitetura de Veneza

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Porto Canal com Lusa

Porto, 12 nov 2019 (Lusa) -- Alguns dos processos mediáticos relacionados com a habitação desde o 25 de Abril em Portugal são o tema no projeto "In Conflito", que venceu hoje o concurso para representar o país na Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2020.

O projeto "In Conflito", do coletivo depA, atelier de arquitetura do Porto, foi o vencedor do concurso para representar Portugal na 17.ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2020, e pretende demonstrar que "habitar é sempre um processo de conflito", avançou hoje à Lusa Carlos Azevedo, porta-voz do coletivo.

À pergunta lançada aos candidatos pelo curador da bienal de Veneza do próximo ano, Hashim Sarkis, "Como vamos viver juntos", Carlos Azevedo diz que a resposta fosse "com conflito".

"A nossa proposta é dizer que vamos viver em conflito, porque habitar é sempre um processo de cedência, de negociação, de conflito positivo", explica, acrescentando que selecionaram "vários processos mediáticos relacionados com a habitação desde o 25 de Abril", para o projeto de candidatura e que agora vão ter "sete meses" para construir o projeto para expor.

O depA é constituído por três sócios e antigos colegas do Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra, Carlos Azevedo, João Cipriano e Luís Sobral, com idades entre os 34 e os 35 anos, e ainda por dez colaboradores, que produzem os seus projetos no atelier de arquitetura na rua de Santa Catarina, na Baixa do Porto.

O coletivo, que pretende levar a Veneza uma análise da produção da arquitetura portuguesa nos primeiros 45 anos de democracia, assume que ficou contente com a notícia de terem sido escolhidos para representar Portugal, e que já sente o "peso da responsabilidade".

"Ficámos bastante contentes. É sinal de que a nossa prática, que o nosso trabalho, é relevante. E agora sentimos uma responsabilidade bastante grande e queremos trabalhar para um resultado relevante".

"Este projeto é especial, porque é a representação de Portugal na Bienal de Veneza. Tem esse peso de fazer um retrato da arquitetura portuguesa", acrescentou Carlos Azevedo.

O projeto expositivo "In Conflict" estrutura-se a partir de duas metades complementares: a primeira dá, em exposição, notícia da arquitetura portuguesa através dos sete projetos de arquitetura e a segunda aborda a dimensão do conflito através de encontros performativos para debate.

Esta estratégia encontra o seu reflexo na própria disposição espacial dos conteúdos e atividades, com a metade expositiva articulada nos espaços interiores do primeiro piso do Palácio Giustinian Lolin e, a segunda metade, triangulada entre os espaços exteriores do palácio em Veneza, Lisboa e Porto, lê-se no comunicado da DGArtes.

O coletivo depA desenvolveu vários projetos de arquitetura, de encomenda tanto pública como privada, dos quais se destacam o Pavilhão do Lago, em Serralves, no Porto, a Casa do Rosário, também no Porto e a Casa da Cultura de Pinhel, em Pinhel.

Em julho foi anunciado que os arquitetos e ateliers Célia Gomes, depA, Eliana Sousa Santos, Luís Santiago Baptista e pontoatelier eram os candidatos convidados para o concurso limitado para seleção do projeto a representar Portugal na 17.ª Bienal de Arquitetura de Veneza.

CCM (TDI) // MAG

Lusa/fim

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