Mota Pinto defende continuidade de Rio e 'culpa' CDS pela não repetição de resultados de 2015
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 06 out 2019 (Lusa) -- O presidente do Conselho Nacional do PSD, Paulo Mota Pinto, defendeu hoje que Rui Rio tem "manifestamente" condições para se manter na liderança, e considerou que resultados de 2015 "não se repetiram sobretudo por culpa do CDS".
Em declarações aos jornalistas, no hotel de Lisboa onde o PSD acompanha a noite eleitoral, Mota Pinto, apoiante de Rui Rio desde a primeira hora, considerou que o partido se pode sentir "reconfortado" com os resultados apontados pelas projeções, apesar da derrota.
"O PSD, nas últimas semanas, recuperou a sua posição de partido de alternativa. O PSD está reconfortado com a votação que é possível ver até agora", afirmou, apontando que no início da campanha as sondagens atribuíam menos 8 pontos ao PSD.
Questionado se Rui Rio tem condições para continuar, Mota Pinto respondeu afirmativamente.
"Claro que sim, a pergunta neste momento nem sequer faz muito sentido (...) Manifestamente sim, mas claro que ainda é cedo para uma leitura final, temos de ouvir o que o dr. Rui Rio terá a dizer", afirmou.
Paulo Mota Pinto considerou que, "tendo em conta as expectativas", o PSD poderá ter "uma muito boa votação", até comparando com os resultados mais negativos do CDS-PP.
O presidente do Conselho Nacional do PSD escusou-se a comentar o anúncio da saída de Assunção Cristas do CDS-PP, dizendo ser uma "matéria interna", mas acabou por deixar um 'recado' ao anterior parceiro de coligação.
"O CDS teve realmente uma prestação mais fraca, quase que diria que os resultados que existiram em 2015 não se repetirão sobretudo por culpa do CDS", apontou.
Mota Pinto escusou-se a apontar uma data para a marcação do Conselho Nacional do PSD, embora admitindo que "é normal" que este órgão se reúna em breve para analisar os resultados eleitorais.
As projeções dos resultados eleitorais divulgadas hoje por RTP, SIC e TVI dão a vitória ao PS nas eleições legislativas, com entre 34% e 40% dos votos, seguindo-se o PSD, com entre 24,2% e 31%.
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