Dezenas manifestaram-se contra "imensa confusão" dos parquímetros em Braga

| Norte
Porto Canal / Agências

Braga, 06 mar (lusa) - Dezenas de pessoas manifestaram-se hoje em Braga contra a "imensa confusão" que se tornou a questão do estacionamento pago à superfície em 27 artérias da cidade, uma "guerra" entre autarquia e concessionária dos parcómetros que "prejudica a cidade".

O protesto foi organizado por alunos e ex-alunos da Faculdade de Filosofia em Braga, situada numa das ruas abrangidas pela contenta entre a Câmara Municipal e a ESSE - Estacionamento à Superfície e Subterrâneo, S.A, que disputam a legalidade do alargamento da área de parquímetros a 27 ruas da cidade, medida aprovada pelo anterior executivo em 2012 e revogada pela atual maioria no município.

Em declarações à agência Lusa, um dos impulsionadores desta "tomada de posição civil", André Gonçalves, explicou que a ideia do protesto surgiu depois de ter sito autuado pelos fiscais da ESSE numa rua que "as noticias mais recentes" apontavam como não sendo de estacionamento pago.

"Na quarta-feira li nos jornais que a ESSE tinha sido notificada pela câmara no sentido de que não podia autuar quem estacionasse numa das tais 27 ruas. Daí ter ficado surpreendido quando fui autuado. Mais ainda quando o fiscal da ESSE me disse que a empresa não reconhecia legitimidade à câmara para proibir ou não o que quer que fosse", explicou.

Segundo André Gonçalves, ex-aluno da Faculdade de Filosofia, frente à qual foi autuado, "esta confusão prejudica muitos os estudantes desta faculdade porque não sabem onde podem ou não estacionar sem pagar".

Mas, disse, "o facto de o protesto ser aqui, frente à Faculdade de Filosofia, é simbólico, uma vez que esta situação prejudica a cidade, quem aqui vive e quem visita Braga".

Ao longo da manhã juntaram-se ao protesto algumas dezenas de estudantes, nos intervalos das aulas, mas também cidadãos que passavam pelo local aderiram ao protesto.

"É uma vergonha o que se passa. Ninguém sabe a quantas anda e não há ninguém que saiba dizer afinal quem manda. E quem se trama é aqui o Zé, que pelo sim pelo não mete lá a moeda e quando não meteu apanhou uma multa e foi pagá-la. Agora não sei se devia ter pago ou não", queixou-se José Costa.

Na terça-feira a autarquia bracarense, em comunicado, informou que por despacho do presidente a ESSE foi notificada no "sentido de informar que, face à Providência Cautelar recentemente interposta por um cidadão Bracarense, deverão ser suspensos todos os procedimentos de cobrança de taxas de parcómetros nas ruas e praças a que respeitam as 27 ruas da Cidade de Braga incluídas no último alargamento."

Em resposta, a empresa, também por comunicado, defendeu que "os pedidos formulados nos processos judiciais, que o Município tem tornado públicos, não contemplam nem afetam o título que habilita a Concessionária à exploração e fiscalização do estacionamento nas referidas ruas".

Pelo que "a E.S.S.E. continuará a proceder à cobrança das taxas de utilização e fiscalização do estacionamento de duração limitada controlado por parcómetros" nas 27 ruas abrangidas pelo conflito.

"Pelo sim pelo não aqui o Zé pôs a moedinha na máquina. Se no final desta barafunda disserem que não era preciso ter posto vou para a porta de alguém pedi-la de volta. Só não sei se da câmara se da tal ESSE", disse José Costa.

JYCR // MSP

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